Flávia Moraes é vice-presidente da OAB-Mulher de Uberlândia; Deputada Dandara entrou com representação na OAB e com queixa crime na justiça contra as ações xenófobas
Por Laís Gouveia, 247 – A advogada e vice-presidente da OAB Mulher na cidade de Uberlândia (MG), identificada como Flávia Moares, usou suas redes sociais para gravar um vídeo atacando a população Nordestina, enquanto toma um vinho rosé.
“Nós geramos empregos, nós pagamos impostos e gastamos nosso dinheiro lá no Nordeste. Não vamos mais ao Nordeste dar nosso dinheiro para quem vive de migalhas. Vamos gastar no Sudeste, no Sul ou até fora do país”.
“A OAB Uberlândia tem caráter plural e apolítico e em respeito a isto, não se manifesta sobre declarações de cunho pessoal de seus inscritos.
Neste sentido, a OAB Uberlândia reafirma que as declarações da advogada, então vice-presidente da Comissão Mulher Advogada da Subseção, não refletem o posicionamento da Instituição.
A advogada apresentou pedido de licença do cargo de vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada para se dedicar pessoalmente sobre o assunto.”
Recebi com revolta o vídeo da fala xenofóbica da vice presidenta da OAB Mulher de Uberlândia.
— Dandara Tonantzin (@todandara) October 5, 2022
Estou entrando agora com representação na OAB e com queixa crime na justiça. E também cobrarei ações enérgicas e imediatas!
Xenofobia não passará! pic.twitter.com/g2LcU6ynxw
O que diz a OAB de Uberlândia:
A OAB Uberlândia tem caráter plural e apolítico e em respeito a isto, não se manifesta sobre declarações de cunho pessoal de seus inscritos.
Neste sentido, a OAB Uberlândia reafirma que as declarações da advogada, então vice-presidente da Comissão Mulher Advogada da Subseção, não refletem o posicionamento da Instituição.
A advogada apresentou pedido de licença do cargo de vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada para se dedicar pessoalmente sobre o assunto.
Leia posicionamento de Flávia Moraes:
Em razão de manifestação pessoal publicada em minhas redes sociais, venho a público me desculpar por compreender a infelicidade do que foi falado, uma vez que é totalmente incompatível com meus valores. Minha conduta, embora reprovável, não se encontra tipificada como crime em qualquer dispositivo legal vigente.
A exposição da minha fala foi feita por terceiros, sem o meu consentimento, e fez com que eu siga atacada com as mais diversas formas de violência contra a mulher, tendo que blindar a mim e minha família. A infelicidade da minha fala não pode autorizar ou justificar a prática de crimes graves contra a minha pessoa, que vão desde injúria e difamação, até mesmo a apologia ao estupro. Em um Estado Democrático de Direito os fins não justificam os meios.
Lamento pela repercussão desta infeliz colocação e me arrependo profundamente pelo ocorrido, desculpando-me com todas as pessoas de origem nordestina que tenham se sentido ofendidas, retratando-me completamente.
Flávia Aparecida Rodrigues Moraes