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Ser mãe após os 40 anos: entenda os desafios de quem adia a maternidade

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A mulher brasileira está adiando a maternidade cada vez mais. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2016, mostram que, em 2005, 22,5% das mulheres entre 30 e 40 anos se tornaram mães. Em 2015, o percentual de taxa de fecundidade nessa faixa etária foi de 30,8%. Essa realidade se deu a partir de uma recente configuração na vida das mulheres, que passaram a priorizar a vida profissional, aumentaram os anos de estudo e passaram a fazer um planejamento familiar mais sólido. Entretanto, para quem programa os filhos para mais tarde, a probabilidade de engravidar diminui e os desafios aumentam.

De acordo com a ginecologista do Hospital Santa Clara, Dra. Gisele Vissoci, a idade é um dos grandes empecilhos da mulher contra a fertilidade. “A partir dos 35 anos, a mulher já poder ter a fertilidade diminuída em razão da redução de folículos ovarianos. Depois dos 40, existe essa diminuição fica ainda mais acentuada”, explica a médica. As mulheres de 36 a 40 anos, por mês, têm 9% de chance de engravidar, sendo que 50% delas conseguem em até um ano de tentativa.

Alguns hábitos e mecanismos podem aumentar as chances de fertilidade nas mulheres mais maduras. “É importante que ela tenha alimentação balanceada, faça atividade física, não tenha sobrepeso e tenha os hormônios organizados, principalmente o hormônio tireoidiano. Meninas na faixa etária dos 20 anos que tenham hábitos ruins, podem ter mais dificuldade de engravidar do que uma mulher de 40 anos que é saudável”, esclarece Gisele. Ela ainda aponta que é preciso controlar a pressão arterial, o diabetes e a tireóide, além de abolir uso de cigarro, o álcool e evitar o consumo de uma dieta muito rica em carboidratos, fatores que podem dificultar a ovulação.

Já quando a gravidez de forma natural se torna mais difícil, a mulher pode buscar os métodos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro. Gisele diz que “hoje a tecnologia está muito avançada, com resultados positivos, satisfatórios e seguros. Ela deve procurar uma clínica com ética e de preferência que seja recomendada pela Federação Brasileira de Ginecologia”. Porém, conforme explica a médica, essas alternativas também não podem ser procuradas muito tarde, uma vez que o fator da idade também dificulta esse tipo de tratamento.

Quando o processo se consolida – seja de forma natural ou por outros meios –, é fundamental que a mulher tenha alguns cuidados para prosseguir com uma gravidez tranquila. Gisele explica que ao engravidar após os 40 anos, é fundamental que se faça um pré-natal regular – que pode ser considerado de alto risco em razão de alguns problemas que a mãe pode ter ou desenvolver durante a gestação, como pressão alta, diabetes gestacional, alterações tireoidianas e muitas vezes trabalho de parto prematuro. Mas para quem está disposta a viver a maternidade, os desafios costumam ser superados. “Quem tem o sonho de ser mãe, abre mão de qualquer um dos riscos, encara qualquer situação e acaba tendo um resultado feliz”, comenta a ginecologista.

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