A Universidade de Buenos Aires (UBA) volta a ocupar os holofotes por seu crescimento em nível internacional. No ranking anual elaborado pela consultoria britânica QS Quacquarelli Symonds, a instituição argentina subiu duas posições e se manteve como a universidade mais conceituada da Ibero-América, pela oitava edição consecutiva.

Ocupando a 67ª posição no QS 2023, já publicado, a renomada universidade argentina alcança a sua melhor colocação nesta série histórica, em uma classificação que mediu 1.418 casas de estudo de 100 países do mundo. Desta forma, a UBA posiciona-se acima das instituições da América Latina, Espanha e Portugal, todas fora do top 100 da nova lista.  

Essa é uma boa notícia para muitos brasileiros que sonham em cursar boas universidades, viver em um novo país e ter um custo de vida mais baixo – a UBA vem sendo uma melhor alternativa para a formação superior, principalmente quando se trata de estudar medicina na Argentina.

No âmbito da Ibero-América, seguem-se as 10 universidades mais bem classificadas no QS 2023:

1º Universidade de Buenos Aires (67ª posição)

2º Universidade Nacional Autónoma do México (104ª posição)

3º Universidade de São Paulo (115ª)

4º Pontifícia Universidade Católica do Chile (121ª)

5º Universidade do Chile (167ª)

6º Instituto Tecnológico de Monterrey, México (170ª)

7º Universidade Autônoma de Barcelona (178ª)

8º Universidade de Barcelona (184ª)

9º Universidade Estadual de Campinas (210ª)

10º Universidade Autónoma de Madri (215ª)

Desempenho da UBA no ranking da QS

O crescimento da UBA é explicado principalmente pelo seu alto desempenho em dois dos indicadores ponderados pelo ranking QS. Globalmente, a instituição ocupa o 39º lugar em reputação acadêmica e 37º em reputação empresarial. Em outros rankings que valorizam sobretudo a pesquisa, a UBA tende a obter resultados menores.

“A UBA tem cultivado sabiamente fortes colaborações acadêmicas regionais e internacionais e parece se conectar efetivamente com empregadores que valorizam a prontidão acadêmica e profissional de seus alunos. A maioria das universidades argentinas luta para obter um nível semelhante de reconhecimento de empregadores globais. Eles podem ter sucesso em nível nacional, mas não tanto fora da Argentina”, disse Ben Sowter, vice-presidente sênior da QS.

“A melhoria sistemática nos rankings internacionais é reflexo de todos os avanços conquistados pela UBA nos últimos oito anos nas diferentes áreas de gestão. A recuperação do prestígio internacional foi possível graças a políticas específicas como o maior apoio a programas de investigação em áreas estratégicas, a criação de novas carreiras, a melhoria da infraestrutura para a pesquisa, o desenvolvimento de uma rede de intercâmbios e instâncias de internacionalização entre docentes, estudantes e pesquisadores, e a ênfase na transferência de tecnologia para o setor produtivo”, explicou o reitor Alberto Barbieri, na ocasião da divulgação do QS 2023.

O reconhecimento no novo ranking ocorreu poucos dias após o término da gestão de Barbieri à frente da UBA. Nos últimos oito anos, a universidade subiu 142 posições – passou da 209ª para a atual 67ª. Em 1º de agosto de 2022, Barbieri entregou o comando às novas autoridades da instituição. O professor Ricardo Gelpi, ex-reitor da Faculdade de Ciências Médicas, ficará à frente da universidade até 31 de julho de 2026.

Áreas de destaque das universidades argentinas

O relatório da QS destaca como positiva a alta proporção de professores por aluno nas universidades argentinas, mas também reflete algumas dificuldades no campo da pesquisa. “A Argentina tem dificuldades em termos de pesquisa, pois nenhuma de suas universidades está entre as 600 melhores do mundo em citações por professor”, diz o relatório.

Atrás da UBA, a Pontifícia Universidade Católica Argentina aparece na posição 323. A UCA se destaca pela relação professor/aluno, na qual é a 25ª no mundo, o que indica que suas aulas podem ser mais personalizadas. O terceiro lugar é ocupado pela Universidade de Palermo (390), que se destaca pelo número de estudantes internacionais, métrica em que ocupa a 67ª posição global.

A área de pesquisa mais prolífica na Argentina é a medicina, seguida pelas ciências agrárias e biológicas. A Universidade Torcuato Di Tella é considerada a melhor nesse aspecto e se concentra em ciências sociais e gestão.

Com 25 instituições classificadas no QS 2023, a Argentina é o terceiro país latino-americano mais bem representado, junto com a Colômbia, que também se destacou com 25 universidades no ranking. No quesito número de universidades, o Brasil é o primeiro colocado, com 35 instituições de ensino superior; o México vem em segundo lugar, com 32 universidades.

De acordo com a última edição do QS 2023 Ranking, as três instituições líderes do mundo são o Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, em primeiro lugar; seguido pela Universidade de Cambridge, do Reino Unido; e a norte-americana Stanford, ocupando a terceira posição.

Indicadores QS

A QS usa seis indicadores para compilar seu ranking. Reputação acadêmica e do empregador, com base em respostas a uma pesquisa com 150.000 acadêmicos e 99.000 empregadores. Citações por professor, que medem o impacto da pesquisa em 16,4 milhões de artigos publicados entre 2016 e 2020. A isso se soma a proporção de docentes e alunos internacionais, a empregabilidade dos alunos e a colaboração internacional no campo da pesquisa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui