Muita gente sonha com um amor que seja, no mínimo, perfeito. Nada de mal em sonhar, mas precisamos reconhecer que a realidade não é bem assim. Às vezes, as expectativas são altas demais e não haverá parceiro capaz de atendê-las. Comumente, exigimos deles algo que também não somos capazes de dar.
Como temos muitas possibilidades de escolha, algumas pessoas tendem a ir experimentando, colocando de volta na prateleira, insistindo na busca pela perfeição. Do lado oposto, existem aquelas que acreditam que “qualquer coisa já é o suficiente”, sujeitando-se a uma relação que não traz nenhuma satisfação. Os dois comportamentos antagônicos não levam a nada. Como tudo na vida, devemos procurar o equilíbrio.
Pessoas perfeitas não existem, todos temos os nossos defeitos. Buscar continuamente a perfeição fará com que você não enxergue o grande parceiro em potencial que, provavelmente, já encontrou. Se você adota padrões impossíveis de atingir, está contribuindo para o fracasso de uma relação que tinha tudo para ser emocionalmente enriquecedora.
Se você vê defeitos no parceiro e em tudo o que ele faz, está na hora de se perguntar quais as qualidades que ele tinha quando resolveu iniciar a relação. Certamente, você vislumbrou algo de bom. Faça uma análise e pense no quanto os seus próprios defeitos e a crítica contumaz não têm influído negativamente no relacionamento. Não valorize somente os pontos indesejáveis, dê o devido destaque para os positivos. Antes de desistir e partir para outra experiência, procure resolver as questões que causam incômodo. Não seja intransigente e aprenda a ceder para resguardar a relação. É claro que existem defeitos graves e não podemos nos sujeitar a eles. Não estamos falando de um parceiro que faz você se sentir inferior, que usa pressão psicológica ou chantagem emocional, que é controlador ou ameaçador. Nestes casos, o melhor mesmo é manter distância!
Sempre ouço a respeito de arrependimentos. Sobre aquele que não era perfeito, mas tinha qualidades que não foram reconhecidas, aquele que ficou para trás e agora não quer mais voltar para o lado de alguém que só sabia depreciar. E você se arrependeu. Teve outras experiências, mas descobriu que, apesar dos defeitos, você gostava dele de verdade e deveria ter investido mais na relação. Definitivamente, você precisa aprender a distinguir as questões de menor importância daquilo que realmente é crítico. Não transforme problemas pequenos, facilmente contornáveis, em justificativa para encerrar uma relação. Pode não haver espaço e tempo para uma segunda chance.
Quando tiver que fazer escolhas, valorize o companheiro com o qual você possa compartilhar a vida, experiências e sonhos (imperfeitos). Alguém que goste de conversar com você, que se preocupe com o seu bem-estar e que esteja disposto a oferecer apoio emocional na relação. São alguns dos aspectos que merecem ser valorizados em um relacionamento. Pequeno defeitos? Releve!
Sobre Jennifer Lobo: filha de empresários brasileiros, nascida nos EUA, graduada pela Auburn University, Alabama, com especialização em Comunicação e mestrado em Relações Públicas. Certificada pelo Matchmaking Institute, empreendedora, é fundadora e CEO da plataforma de relacionamentos MeuPatrocinio.com. Autora do livro “Como Con$eguir um Homem Rico”, escrito em conjunto com Regina Vaz, terapeuta de casais.