Mulheres lideraram o público consumidor no e-commerce em 2024
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Mulheres lideraram o público consumidor no e-commerce em 2024

Veja os principais números do balanço das vendas online no ano passado, além de dicas para se destacar nesse mercado.

O comércio eletrônico brasileiro atingiu um faturamento recorde de R$ 204,3 bilhões em 2024, um crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior, conforme levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O número de pedidos chegou a 414,9 milhões, com um ticket médio de R$ 492,40.

Os dados mostram, ainda, que as mulheres foram as principais consumidoras no ambiente digital, representando 60% do total de compradores, enquanto os homens corresponderam a 40%. Isso reforça uma tendência observada nos últimos anos: o público feminino vem ampliando sua presença no e-commerce.

Já a faixa etária predominante entre os compradores online foi de 35 a 44 anos, representando 35% do total. Consumidores de 25 a 34 anos responderam por 22,3% das compras, enquanto a faixa de 45 a 54 anos ficou com 22%.

O levantamento também aponta que a maioria das compras foi realizada por consumidores da classe C, que representaram 54,05% dos pedidos. A classe AB respondeu por 32,49%, enquanto as classes D e E totalizaram 13,46% das transações. 

A inclusão digital e o maior acesso a meios de pagamento eletrônicos são fatores que contribuíram para o crescimento observado pelo setor. Para o presidente da ABComm, Mauricio Salvador, a transformação digital é irreversível. Segundo ele, o e-commerce deve seguir evoluindo com inovação, novas tecnologias e uma experiência de compra cada vez mais personalizada. 

Como começar a vender no mercado digital?

Segundo Salvador, o crescimento contínuo do comércio eletrônico fortalece o varejo e cria mais oportunidades, tanto para grandes, quanto para pequenos negócios. No entanto, para se destacar frente à concorrência, os lojistas precisam investir em estratégias.

Ao pensar na melhor plataforma de e-commerce, por exemplo, os comerciantes podem optar por soluções que facilitem a gestão da loja virtual, como aquelas próprias para a criação de lojas ou marketplaces.

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) destaca que, dessa forma, é possível criar uma conta grátis e aproveitar os serviços de logística e de pagamento já pré-definidos pelas plataformas, diminuindo a preocupação com essas questões.

Também é importante que as lojas virtuais sejam otimizadas para dispositivos móveis, tendo em vista que eles representaram 55,5% das compras online, enquanto os desktops responderam por 45,5%, conforme a CNDL. Esse cenário representa uma inversão do quadro observado até 2019, quando os computadores eram o principal meio de acesso ao e-commerce.

A diversificação dos meios de pagamento é outro ponto que deve ser levado em consideração para aumentar as conversões, oferecendo opções como Pix, cartão de crédito, boleto bancário e carteiras digitais. Segundo estudo da Ebanx, ainda este ano, o Pix deve se tornar o principal meio de pagamento online no Brasil, representando 44% do mercado e superando os cartões de crédito, que corresponderiam a 41%.

Segurança e logística merecem atenção

Outro fator importante para conquistar a confiança dos consumidores é oferecer um checkout transparente e simplificado, prezando pela segurança dos dados pessoais e bancários do cliente. Segundo pesquisa da Akamai Technologies, 40% dos consumidores não retornariam a comprar em sites que enfrentaram problemas de segurança ou tiveram dados vazados.

Uma boa logística de entrega também é apontada como fundamental para o sucesso das vendas online. No entanto, levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que a etapa é a segunda maior dificuldade na administração do e-commerce, sendo mencionada por 39% dos entrevistados, atrás somente da carga tributária (41%). 

De acordo com a Serasa Experian, escolher um fornecedor de transporte confiável, estabelecer prazos adequados e assegurar que os produtos cheguem aos clientes dentro do tempo prometido são passos essenciais para garantir uma boa experiência de compra.

Marketing digital pode ajudar a alavancar a loja virtual

Para ter sucesso no e-commerce, a Serasa Experian orienta investir em estratégias de marketing digital bem estruturadas: boas práticas de SEO, e-mail marketing, campanhas de publicidade online e presença ativa nas redes sociais são fundamentais para aumentar a visibilidade do negócio e atrair clientes.

Além disso, entender o público-alvo é indicado como uma prioridade para definir ações mais assertivas. Conhecer as necessidades, os desejos e as preferências dos consumidores permite que as lojas online ofereçam experiências personalizadas.

O Sebrae recomenda que as boas práticas de marketing devem começar dentro da própria loja virtual, como garantir a qualidade das fotografias e descrições dos produtos e definir uma identidade visual, além de assegurar um ambiente de compra seguro e com uma interface fácil de usar.

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