As autoridades ucranianas emitiram um alerta de bombardeios para quase todo o território nacional nesta segunda-feira (11), em resposta à decolagem de aviões russos. Os ataques recentes, que resultaram na morte de seis pessoas nas cidades de Mykolaiv e Zaporizhzhia, intensificaram a tensão na região. “Atenção! Perigo de mísseis em toda a Ucrânia! Decolagem dos (bombardeiros) MiG-31K russos”, informou a Força Aérea ucraniana em comunicado oficial no Telegram.

Além disso, a nota destacou que oito bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-95 seguiam em direção à Ucrânia. Os Tu-95, reconhecidos por sua capacidade de longo alcance, têm o potencial de transportar mísseis de cruzeiro, enquanto os MiG-31 desempenham funções de interceptação e apoio.

Intensificação dos ataques e resposta ucraniana

Nos últimos dias, a ofensiva russa escalou com novos ataques aéreos, coincidindo com a publicação do jornal Washington Post, que mencionou uma suposta conversa entre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e Vladimir Putin. Segundo o periódico, o objetivo da discussão seria a busca pela paz na Europa, o que foi categoricamente negado pelo Kremlin. Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou: “Não corresponde em absoluto à realidade, é pura invenção”.

Trump, por sua vez, evitou comentários sobre a suposta ligação, enquanto o governo alemão confirmou uma conversa entre Trump e Olaf Scholz, chanceler alemão, enfatizando um compromisso comum com a paz na região.

Ataques com drones e defesa aérea

O final de semana foi marcado por um intenso confronto de drones. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter derrubado 34 drones ucranianos que se dirigiam a Moscou, no que foi considerado o maior ataque contra a capital russa desde o início do conflito em fevereiro de 2022. Outros 36 drones foram interceptados em regiões próximas à fronteira com a Ucrânia.

O ataque provocou o fechamento temporário de três aeroportos em Moscou, resultando em ferimentos em uma mulher e incêndios em duas casas na região de Ramenskoye. Por outro lado, a Ucrânia relatou ter sofrido um ataque recorde de 145 drones, dos quais 62 foram neutralizados em 13 regiões do país.

  • Danos na infraestrutura civil: autoridades ucranianas informaram que os ataques russos têm como alvo, frequentemente, instalações de energia.
  • Reações locais e internacionais: líderes ocidentais condenaram a escalada e reafirmaram o apoio à Ucrânia.

Implicações da aliança Rússia-Coreia do Norte

No front leste, as forças russas reivindicaram o controle da localidade de Vovtchenka, situada na região de Donetsk. O avanço ocorre em meio à crescente cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte, que recentemente firmaram um acordo de defesa mútua. Este pacto, assinado em junho, prevê suporte militar imediato em caso de agressão contra qualquer um dos países.

Fontes de inteligência sugerem que cerca de 10.000 soldados norte-coreanos foram enviados para auxiliar as tropas russas na Ucrânia. O presidente russo, questionado sobre essa colaboração, evitou negar as alegações, desviando o foco para criticar o apoio do Ocidente a Kiev.

Perspectivas para o futuro próximo

Com as recentes movimentações, o conflito entre Rússia e Ucrânia se mostra cada vez mais complexo, envolvendo novos aliados e táticas que desafiam a estabilidade da região. A comunidade internacional segue monitorando os desdobramentos, enquanto as cidades ucranianas continuam sob constante ameaça de bombardeios e ataques com drones.

 

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