Veja como hábitos, interesses e transformações na sociedade influenciam o trabalho de otimização para mecanismos de busca.
Ter um bom ranqueamento nos mecanismos de busca, sobretudo o Google, é uma maneira de transformar a internet em uma grande vitrine e aumentar as chances de conversão para as empresas. Pesquisa realizada pela plataforma de consumo All In, em 2022, mostrou que 87% dos brasileiros fazem compras on-line.
Dar visibilidade ao produto ou serviço em locais onde há a presença do consumidor é um método assertivo para fazer negócio. No ambiente digital, isso é possível por meio do uso de estratégias e ferramentas que possibilitam conquistar uma boa performance no ranking dos buscadores. Conhecer quais são as tendências de Search Engine Optimization (SEO) para o momento é uma forma de se colocar à frente da concorrência.
O SEO pode ser definido como o conjunto de técnicas usadas para otimizar as páginas de sites e blogs a fim de que elas melhorem o posicionamento em buscas orgânicas feitas na internet. Além disso, também contribui para a gestão e a construção de autoridade da marca. O trabalho é profissionalmente realizado por uma agência de SEO.
Já as tendências de SEO podem ser compreendidas como as orientações que devem nortear os trabalho dos profissionais das agências em determinado momento, considerando o comportamento e os interesses do consumidor, as mudanças ocorridas na sociedade e as próprias diretrizes do Google, o principal buscador usado no mundo.
Mobile first: hábitos de consumo devem ser considerados pelo SEO
Os brasileiros estão mais conectados e o principal meio de acesso à internet usado por eles é o celular. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Offer Wise Pesquisas, identificou os hábitos de consumo no ambiente digital.
De acordo com o estudo, 87% da população usam o smartphone para realizar compras on-line. Entre as mulheres, o comportamento é mais comum: nove em cada dez utilizam o aparelho com essa finalidade. Entre os homens, a proporção é de oito em cada dez.
O comportamento é mais comum entre os mais jovens. Na faixa etária entre 18 e 34 anos, abrange 94% das pessoas. O percentual diminui para 88% entre aqueles com 35 e 54 anos e para 72% entre a população acima de 55 anos.
Os hábitos de consumo interferem diretamente nas estratégias de SEO. Uma das mais fortes tendências do momento é o chamado mobile first, que significa a necessidade de priorizar os dispositivos móveis. Na prática, as empresas devem criar e desenvolver páginas projetadas nesse tipo de dispositivo. Textos, imagens e funcionalidades devem ser pensados para telas menores e, posteriormente, adaptados para o desktop.
Seguir a tendência do mobile first é assegurar que, na hora em que o consumidor acessar a página através do celular, ele não terá problemas como “textos quebrados”, imagens que não carregam ou botões que não funcionam.
Imagem: Freepik
Conteúdo otimizado: foco deve ser no interesse dos usuários
No final de 2022, o Google lançou o documento Google Search Essentials, que pode ser traduzido como Fundamentos da Pesquisa Google, uma espécie de manual de boas práticas para o ranqueamento de conteúdos no buscador. As orientações do documento são as principais tendências do SEO para a criação de conteúdo otimizado para a internet.
De acordo com o Google, o principal critério de ranqueamento é a relevância do conteúdo para o usuário. Por isso, a recomendação é que, antes de publicá-lo, seja avaliado se a leitura irá promover uma experiência satisfatória para o leitor em termos de aprendizado e qualidade da informação.
A veracidade e a legitimidade do conteúdo também são considerados pelo Google, não só como critérios de ranqueamento, mas também como avaliação para a possível remoção de uma página. Isso pode acontecer se for observado que a publicação compactua com comportamentos enganosos, fraudes, golpes e assédios, por exemplo.
Alerta sobre o uso de links
O uso de links nos conteúdos também deve ser feito com atenção. A prática de link building é bem vista pelo Google e contribui para a construção de autoridade das marcas na internet. Mas é necessário que ela seja feita de forma correta, por isso, cabe à agência de link building conhecer as diretrizes do Google Search Essentials para conquistar backlinks.
O link building é uma técnica de SEO que consiste na construção de um portfólio de linkagem para uma página da internet. Isso é feito a partir da menção do link da página por outros sites e blogs. De acordo com o Google, as menções (backlinks) devem ser orgânicas e naturais, de modo a agregar em qualidade para o conteúdo.
Sob essa ótica, o Google não considera positiva a prática de vender, trocar ou comprar backlinks. Tais ações podem provocar um efeito inverso no ranqueamento do buscador.
Proteção de dados: segurança ao usuário deve ser prioridade
As transformações vividas pela sociedade também ditam tendências. O debate sobre a necessidade de reforçar a segurança do ambiente digital ganhou força nos últimos anos. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD (Lei nº 13.709/2018) tem sido implantada em etapas.
A LGPD estabelece regras para a coleta, o armazenamento e o uso de dados, nos ambientes físico e digital, que devem ser seguidas por organizações públicas e privadas. O descumprimento implica sanções e penalidades, que entraram em vigor em 2023. O vazamento de dados é considerado crime, sujeito à advertência, multa, suspensão do banco de dados e interrupção das atividades.
A proteção de dados deve ser considerada em todas as práticas de marketing. Há estratégias que lidam diretamente com a coleta de dados. Este é o caso de uma página na internet que oferece um serviço exclusivo, como o acesso a um e-book ou vídeo, por meio de inscrição. Embora gratuito, para usufruir do produto ou serviço, é preciso informar dados como nome, e-mail, CPF e/ou número de celular.
Para o conformidade com a LGPD, é preciso evitar estratégias invasivas de coleta de dados e solicitar apenas as informações que são necessárias. Os termos de uso e política de privacidade também devem ser informados com transparência, clareza e objetividade.
Com relação ao SEO, a tendência diante da LGPD é garantir que o trabalho de otimização para conquistar um melhor posicionamento no ranking dos sistemas de busca seja feito apenas em páginas que ofereçam a segurança necessária para o usuário.