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Supermercados devem ser preparar para mudanças no comportamento do público
Apesar de os supermercados não terem sido fechados, por causa da pandemia do novo coronavírus, eles também foram afetados pelo momento atual. Afinal, as pessoas estão buscando economizar, mesmo com os produtos da cesta básica.
Como as grandes redes varejistas e atacadistas puderam sentir na pele, é necessário se reinventar e, nesse aspecto, o país ainda tem muito a crescer. Então, embora as notícias atuais de faturamento não sejam tão animadoras, o setor possui muitas oportunidades para os próximos anos.
Menos presença de consumidores
Depois de terem descoberto as facilidades de comprar pela internet, a expectativa é que parte do público deixe de ir aos supermercados – ou, pelo menos, com a frequência de antes. De acordo com pesquisa da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban)¹, 30% dos consumidores irão comprar mais on-line quando a pandemia passar.
Nesse sentido, as redes que já estão na internet ou passando por uma transformação digital tendem a colher os resultados mais rápido. Afinal, mesmo que percam parte do público presencial, ainda assim poderão reconquistá-lo no meio digital.
Totens
Realidade em muitos países, os totens de atendimento são algo que pode melhorar a experiência dos clientes brasileiros. Por meio dessas ferramentas, o consumidor pode fazer o pedido, em vez de esperar na fila.
Devido ao temor causado pela pandemia, as pessoas tendem a se tornar mais cautelosas e, por isso, toda a forma de diminuir a aglomeração será bem-vinda. Sem contar que a redução das filas, no açougue do mercado por exemplo, será muito positivo para a experiência do público.
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Informação on-line
Os consumidores não querem mais depender de uma visita presencial para saber o preço dos alimentos, nem esperar pelo comercial da televisão. Caso os mercados queiram se destacar, é fundamental disponibilizar as ofertas e promoções de maneira on-line.
Muitos já estão fazendo isso, como é o caso do encarte do Assaí². Além de divulgar os preços por setor, como mercearia, bebidas, higiene e perecíveis, a rede também tem uma versão on-line de uma revista com informações sobre estilo de vida e receitas.
Aplicativos
Atualmente, a maior parte das pessoas possui um smartphone e acessa com regularidade aplicativos. Por isso, aproveitar esse comportamento para atraí-las para o mercado pode ser muito eficaz.
Os mercados podem lançar plataformas com dados, descontos e ações exclusivas para os clientes. Um bom exemplo de segmento que tem agido assim é o da alimentação. Grandes redes fast food só concedem códigos promocionais para quem se registra até determinada data. O mesmo pode ser feito pelos supermercados.
Marcas próprias
Em busca dos menores preços, boa parte dos consumidores trocou de marca na hora das compras. Essa nova chance a produtos diferentes do habitual pode ser um ponto positivo para as marcas próprias, ou seja, as fabricações feitas pelos mercados que costumam ser mais em conta.
Então, as redes podem continuar investindo nesse segmento, como fez o Carrefour. No último mês, o mercado lançou uma linha exclusiva de cervejas³, chamada de Nauta. No total, são onze bebidas artesanais.
Cuidados com a limpeza
Daqui para a frente, a tendência é que o público se torne mais rigoroso com a limpeza dos locais em que visita, incluindo os supermercados. Mesmo quando não houver mais riscos de contágio do coronavírus⁴, é importante que as empresas continuem mantendo o rigor ao higienizar carrinhos, cestas e outras superfícies de acesso do público.
No açougue, o ideal também é focar na venda de produtos já embalados, o que garante uma segurança a mais para o comprador. Além disso, é necessário manter os clientes informados sobre as medidas que são tomadas.
Fontes:
2: https://www.portafolhetos.com.br/assai-atacadista/
3: https://vejasp.abril.com.br/blog/notas-etilicas/carrefour-nauta-cerveja/