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Oftalmologista Rodrigo Fernandes explica como evitar os sintomas, que podem levar a pessoa a tocar mais os olhos e, assim, contrair infecções, inclusive por Covid-19

empo seco, frio e uso excessivo de eletrônicos são uma combinação “perfeita” para aumentar o número de pessoas que sofrem com a síndrome do olho seco. Os sintomas, que incluem ardência, lacrimejamento excessivo, coceira e até dor, são bastantes incômodos e nos induzem a levar as mãos aos olhos com mais frequência, hábito que favorece infecções, inclusive por Covid-19.

“No inverno, da mesma forma que a pele resseca, o olho também fica mais seco, porque o tempo faz a lágrima a evaporar mais rápido, o que prejudica a lubrificação dos olhos”, explica o oftalmologista Rodrigo Fernandes. O tempo excessivo de exposição a telas é outro fator que pode agravar os sintomas.

Embora seja mais comum em pessoas acima de 40 anos, especialmente mulheres, a combinação de fatores, que também envolve uso de determinadas medicações, pode levar qualquer pessoa a desenvolver o quadro. “O grande problema é que olhos com baixa produção de lágrimas são uma porta de entrada para vírus e bactérias. As pessoas, incomodadas, tocam mais os olhos, um hábito ruim e perigoso que pode causar conjuntivite e outras doenças”, explica o especialista.

Covid-19 e os olhos

O contágio pelo novo coronavírus também pode ocorrer pelos olhos. Tanto que alguns pacientes que contraem o vírus têm como sintoma a conjuntivite. Rodrigo Fernandes alerta que, neste período sensível, é recomendado optar pelos óculos em vez das lentes de contato. “Os óculos servem de barreira para o vírus e, portanto, devem ser lavados todos os dias. Já as lentes devem ser guardadas por um tempo, porque o seu manuseio é bem invasivo e aumenta o risco de infecção. Além disso, podem piorar os sintomas de olho seco e até causar lesões”, reforça o médico.

Tratamento e prevenção

Identificado o problema pelo oftalmologista, ele recomendará o uso de colírios que imitam lágrimas artificiais. Além disso, algumas dicas caseiras podem amenizar os sintomas:

– Aumentar o número de piscadas

– Diminuir o tempo de uso de eletrônicos

– Evitar o ar-condicionado, aquecedores ou poeira

– Umidificar o ambiente com umidificadores, toalhas e bacias com água

– Tomar bastante água

– Incluir mais frutas, verduras e peixes na alimentação

Sobre Rodrigo Fernandes

Rodrigo Fernandes é médico oftalmologista na Olhar+ Clínica de Olhos, que fica no Uberlândia Medical Center. Ele fez residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Limeira – SP, é especialista em estrabismo e visão subnormal pela Universidade de Campinas (Unicamp). Além do Fellowship em Retina Clínica no Hospital Evangélico em Belo Horizonte – MG, atuou por 4 anos como preceptor em oftalmologia pediátrica, estrabismo e catarata no Hospital de Olhos de Aparecida de Goiânia – GO, e é reconhecido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia – CBO. 

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