Quando começou a se falar do Pix, o mercado estava habituado com o conceito de transferência bancária. Mas o Pix é mais do que isso! Trata-se de uma nova modalidade de pagamento que vem, aos poucos, impactando as relações comerciais e de mercado. Mas o que é Pix e como ele funciona?
O que é Pix?
O Pix é um modelo de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil. As transações são realizadas em segundos, a qualquer hora ou dia da semana. A rapidez e a segurança da transação vêm conquistando cada vez mais pessoas físicas e jurídicas, em especial porque pode ser realizada a partir de uma conta corrente, conta-poupança ou conta de pagamento pré-paga, e tudo acontece em segundos. Além disso, como trata-se de uma transação instantânea, aquela espera que as antigas transferências bancárias proporcionavam ficou de lado: o Pix pode ser feito 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados.
Como o Pix funciona?
O funcionamento do Pix é bem simples para o correntista:
- Cada correntista deve ter uma chave registrada no Banco Central relacionada ao seu banco, o que é feito ao se comunicar o cadastro da PF ou PJ ao banco.
- É possível cadastrar o número do CPF, o e-mail e o número do telefone como chaves do correntista no Banco Central (também é possível gerar uma chave aleatória).
- O correntista pode cadastrar uma chave para cada banco, desde que a chave seja exclusiva para um único banco. Por exemplo: número do telefone para o Banco 1, e-mail para o Banco 2 e CPF para o Banco 3.
- As transações podem ser feitas por meio de QR Code, que é facilmente gerado pelo recebedor ao utilizar os aplicativos dos bancos. Gerado o QR Code, o pagador aponta para o código o aplicativo do seu banco no celular, digita o valor e a transação conclui-se imediatamente (por isso essa transação vira um meio de pagamento).
- Além do QR Code, o Pix permite o pagamento por aproximação (eliminando a necessidade de cartões físicos para Bilhete Único, Vale Transporte, Vale Refeição etc.).
Os números comprovam: o Pix já deu certo!
O site do Banco Central do Brasil[1] mostra as estatísticas do Pix. Os números comprovam que a modalidade de pagamento veio para ficar. Com base no estoque de chaves Pix ativas no último dia do mês de maio de 2021[2], os números impressionam:
- 254.340.639 chaves Pix por tipo ou natureza de chave;
- 93.593.998 usuários cadastrados;
- 164.198.711 contas cadastradas;
- 613.795.189 transações liquidadas no mês de maio/2021;
- R$382.430.920 em transações liquidadas no mês de maio/2021.
O maior impacto está nas transações P2P (Pessoa para Pessoa), que corresponde a 75% da quantidade de transações. Em segunda posição estão as transações P2B (Pessoa para Empresa), com 12%, seguidas das transações B2P (Empresa para Pessoa), com 11% delas. O segmento B2B (Empresa para Empresa) ainda vem crescendo, mas já representa 3% das transações.
O que esperar do Pix?
O mercado vem recebendo sinais de que os bancos devem manter a gratuidade da operação em virtude da popularização da modalidade, mas já registra algumas iniciativas de cobrança, por exemplo, para transações feitas pelas empresas. Mesmo assim, o baixo custo da transação e a rapidez da conclusão fazem com que a modalidade venha crescendo ao longo do tempo.
Os especialistas trazem mais expectativas, pois esperam que, à medida que o mercado for se adaptando ao Pix, muitos negócios podem ser remodelados, principalmente os que recebem pagamentos por meio de TED, DOC, boletos bancários, máquinas de pagamento, cartões de débito, crédito e pré-pagos.
Se o Banco Central esperava o sucesso da operação, já pode considerar que foi conquistado. Parece que o Pix tem tudo para melhorar as relações comerciais entre as pessoas e as empresas.
[1] Site oficial do Banco Central do Brasil. https://www.bcb.gov.br/
[2] Estatísticas oficiais do Pix. Banco Central do Brasil. https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/estatisticaspix