Projeto abordará método que utiliza insetos para avaliar a qualidade da água do rio Uberabinha
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Projeto abordará método que utiliza insetos para avaliar a qualidade da água do rio Uberabinha

O projeto “Uberabinha, meu Amigo”, realizado pela Associação para a Gestão Socioambiental do Triângulo (Angá), promove nesta sexta, dia 27, a segunda de uma série de cinco oficinas com professores e alunos do ensino fundamental, em Uberlândia. Por meio de técnicas de audiovisual, do uso de ferramentas geoespaciais e palestras com pesquisadores, o projeto oferece à comunidade escolar, informações de estudos da entidade na Bacia Hidrográfica do Rio Uberabinha. As aulas, realizadas no Colégio Nacional (unidade Rondon Pacheco, 350), apoiador do projeto, conta também com a parceria das escolas estaduais Custódio Pereira, Sete de Setembro e Frei Egídio Parisi.

Os econtros, que se realizam também em Uberaba, município onde se encontram as principais nascentes do Uberabinha, tiveram início na sexta-feira passada, em Uberlândia, com o propósito de envolver a comunidade escolar na busca de soluções para a melhoria ambiental do rio que abastece Uberlândia, a maior cidade do Triângulo Mineiro e é fonte de riquezas e rendas para toda a região.

As oficinas desta sexta (27), acontecerão no Colégio Nacional, em Uberlândia das 14h00 às 17h30 e terão a participação das biólogas Renata Moura e Paula Hemsing. A coordenadora da equipe que realizará análises da água do Uberabinha, por meio de biomonitoramento,  explicará sobre as aplicações do procedimento que utiliza insetos aquáticos como indicadores de qualidade. Logo após, a botânica Paula Hemsing abordará o levantamento que está realizando no alto, médio e baixo curso do Rio, sobre a flora existente na bacia.

“Renata vai mostrar como podemos empregar informações fornecidas pela própria natureza para conhecer a qualidade das águas do Uberabinha, e Paula, quais as condições atuais das formações vegetacionais da bacia”, esclarece Betânia Côrtes, gestora de Comunicação do projeto. A jornalista destaca que a população ainda conhece pouco a biodiversidade do Uberabinha. “Com exceção dos especialistas, sabemos pouco ou quase nada das espécies da fauna e da flora que dependem da preservação do Rio, assim como nós dependemos da sua água, e esse conhecimento é vital para nos despertar um sentimento de pertencimento, de empatia pelo Rio e os seres que vivem na sua bacia”.

Para os alunos, a dinâmica é outra. O biólogo Eurípedes Luciano, utilizará aplicativos geoespaciais para a compreensão de conceitos relacionados à bacia e à sua preservação; e a documentarista Nara Sbreebow, técnicas de audiovisual para fomentar o senso de observação entre os adolescentes. Nesta sexta, Eurípedes falará, entre outros temas, sobre o que é um diagnóstico ambiental (como o que está sendo feito pela Angá, na bacia) e Nara, sobre a elaboração de roteiro para documentário. Representantes de entidades ambientais e interessados em conhecer o rio Uberabinha também podem participar.

Cronograma para a oficina do dia 27 de setembro das 14h às 17h30:

Oficina professores – das 14h às 17h15

Apresentação da bióloga Renata Moura – das 14h às 15h30

O projeto de biomonitoramento da BH do Uberabinha por meio dos macro invertebrados bentônicos.

Apresentação da bióloga Paula Hoemsing – das 16h às 17h30

As fitofisionomias encontradas na BH do Rio Uberabinha e as espécies mais ameaçadas.

Os impactos das atividades de exploração econômica sobre a flora do Uberabinha.

A importância de se conservar as formações vegetacionais remanescentes na BH do Rio Uberabinha.

Oficina estudantes – das 14h às 17h15

Coordenação Eurípedes Luciano – biólogo – das 14h às 15h30

Exercício de identificação e delimitação de uma bacia hidrográfica por meio de imagens de satélite/ interface IDE Sisamanet;

Localização e aspectos socioambientais no âmbito da BH do rio Uberabinha;

Diagnóstico ambiental (o que é e para que serve) / escolha dos parâmetros a serem avaliados (fauna, flora) / técnicas (som e imagem) nos diagnósticos

Uso da terra em uma bacia hidrográfica e suas implicações/uso da terra na Bacia do Rio Uberabinha;

Café – 30 minutos

Coordenação Nara Sbreebow – cineasta –  das 16h às 17h30

Conceito de roteiro básico para documentário, fontes de pesquisa, formato de roteiro pré-produção e roteiro de set, roteiro de pós gravação (decupagem, organização de tempo/imagens) e técnicas de entrevistas.

Atividade prática: exercício de entrevistas entre os alunos; redação resultante da entrevista entre alunos no modelo roteiro.

Preparação dos alunos para a captura de imagem e som.

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