As marcas de bebidas do lutador enfrentam boicotes e desaparecem de pontos estratégicos
Escalada de retaliação após condenação
Os impactos da condenação de Conor McGregor por estupro continuam reverberando. Após boicotes em grandes redes varejistas, os principais aeroportos da Irlanda também decidiram remover as bebidas alcoólicas associadas ao lutador.
Em um comunicado divulgado nesta semana, a DAA (Dublin Airport Authority) confirmou que o uísque Proper No. Twelve Irish Whiskey e a cerveja Forged Irish Stout não estão mais disponíveis nos bares dos aeroportos de Dublin e Cork. A decisão reflete uma tendência crescente de afastamento comercial das marcas de McGregor após o veredito desfavorável.
Essa ação se soma à retirada dos produtos das prateleiras de grandes redes de varejo, ampliando o impacto financeiro e de reputação sobre os negócios do ex-campeão de MMA.
Bebidas fora das prateleiras em outras redes
A exclusão das bebidas de McGregor não se limita aos aeroportos. Recentemente, o Barry Group, que administra as redes Costcutter e Carry Out Off-Licence, anunciou a retirada da cerveja Forged Irish Stout e do uísque Proper No. Twelve.
“Esta ação reflete nosso compromisso em proporcionar um ambiente de varejo alinhado com os valores de nossos clientes e parceiros”, declarou o grupo em nota oficial.
Além disso, as redes SuperValu e Centra, controladas pelo conglomerado Musgrave, também decidiram remover os produtos das prateleiras. A decisão foi amplamente interpretada como uma resposta à condenação judicial.
Entenda o caso
Conor McGregor foi condenado na esfera cível pelo Tribunal Superior de Dublin, que determinou que o lutador agrediu sexualmente Nikita Hand em um hotel da capital irlandesa em dezembro de 2018. A sentença obriga McGregor a pagar uma indenização de € 248.603,60 (cerca de R$ 1,5 milhão).
Após o anúncio do veredito, McGregor declarou que pretende recorrer:
“Vou recorrer da decisão de hoje. Estou com minha família agora, focado no meu futuro. Obrigado a todo o meu apoio em todo o mundo.”
Declaração da vítima
Nikita Hand, a vítima no caso, expressou alívio com a decisão e encorajou outras mulheres a buscarem justiça:
“Espero que minha história seja um lembrete de que, não importa o quanto você tenha medo, fale. Você tem voz e deve continuar lutando por justiça.”
Hand destacou que o processo teve um impacto profundo em sua vida e na de sua família, mas que a decisão judicial representa um passo importante para a responsabilização, independentemente da posição social ou poder do réu.