O Ministério Público de São Paulo (MPSP) investiga a possível participação de policiais de São Paulo no assassinato do empresário Antonio Vinicius Gritzbach, ocorrido no aeroporto de Guarulhos. Eles estariam envolvidos diretamente no crime e com a organização criminosa PCC.
Policiais suspeitos estão em delegacias do Tatuapé e unidades especializadas
Fontes do MPSP apontam que os policiais investigados trabalham em duas delegacias no Tatuapé e em unidades especializadas, como o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Essas delegacias seriam pontos críticos onde o PCC poderia obter benefícios.
Antes de ser morto, Gritzbach forneceu informações sobre a atuação dessas delegacias em favor da facção criminosa, o que aumentou as suspeitas sobre a corruptibilidade entre os policiais dessas unidades.
Força-tarefa busca identificar envolvidos no caso
O Ministério Público de São Paulo iniciou uma força-tarefa com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a Corregedoria da Polícia e órgãos de inteligência. O foco dessa operação é identificar os policiais envolvidos no assassinato de Gritzbach e no esquema com o PCC. As investigações também tentam descobrir a extensão da corrupção nas delegacias investigadas.
Além disso, o MP pediu a rescisão do acordo de colaboração premiada de Gritzbach. A morte dele pode comprometer as investigações, e o MPSP solicitou a autorização judicial para usar as provas oferecidas pelo empresário em seus depoimentos, garantindo a legalidade dessas evidências no processo.
Reações e falta de posicionamento oficial
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi procurada, mas não respondeu até o momento. Essa falta de uma posição oficial levanta questões sobre a transparência da investigação e o possível envolvimento de policiais corruptos. A morte de Gritzbach revela mais uma faceta da luta contra a infiltração de facções criminosas, como o PCC, dentro da polícia paulista.
Este caso é mais uma prova das tensões que envolvem as delegacias e a facção PCC, mostrando a complexidade das investigações sobre a relação entre policiais corruptos e criminosos.