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Ato terrorista em Brasília mobiliza forças de segurança Na noite de quarta-feira (13), a praça dos Três Poderes, em Brasília, foi palco de explosões que estão sendo investigadas pela Polícia Federal (PF) como um ato terrorista. A ocorrência ocorreu por volta das 19h30, provocando a suspensão dos trabalhos no Senado Federal e acionando medidas de segurança emergenciais.

Um inquérito foi instaurado pela PF ainda na noite de quarta-feira, com prioridade máxima na apuração dos fatos. A motivação, segundo as primeiras análises, inclui uma tentativa de ataque direcionada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A ex-mulher do autor, Francisco Wanderley Luiz, revelou à PF que ele mencionou planos de assassinar o magistrado.

Artefatos artesanais e procedimentos de segurança O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, informou que Francisco Wanderley Luiz estava em posse de artefatos artesanais com alto potencial de dano, além de um extintor de incêndio adaptado como lança-chamas. A análise preliminar revelou que as explosões não foram um fato isolado, mas se conectam a outras investigações em andamento sobre atos extremistas.

  • Um celular foi encontrado no trailer de Wanderley, e sua perícia pode oferecer novos insights.
  • Uma caixa, próxima ao local das explosões, também está sendo examinada pela equipe da PF.
  • Cinto com explosivos: o autor utilizava um cinto que precisou ser removido por um policial com traje antibomba após limitações operacionais do robô.

Reforço na segurança e medidas emergenciais Na manhã de quinta-feira (14), a segurança na praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios foi reforçada com grades e patrulhas, e as Forças Armadas foram mobilizadas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). No Palácio do Planalto, o Exército manteve vigilância, assegurando a proteção dos edifícios governamentais.

  • Policiais militares monitoraram áreas por onde o autor passou para identificar possíveis explosivos remanescentes.
  • O corpo de Wanderley, encontrado em frente ao STF, foi recolhido às 9h05 e levado ao IML para perícia detalhada.

Investigações conduzidas por Alexandre de Moraes O caso foi atribuído ao ministro Alexandre de Moraes, que conduz outras investigações sobre ameaças ao STF, incluindo a tentativa de golpe de 8 de janeiro. O diretor da PF mencionou que ainda é cedo para afirmar se houve participação de outros indivíduos ou conexões com grupos extremistas.

  • “A ação foi individual, mas a investigação dirá se houve apoio financeiro ou impulsionadores”, destacou Andrei Passos Rodrigues.
  • A expressão “lobo solitário” foi refutada pelo diretor, que enfatizou a complexidade por trás das motivações de atos assim.

Impactos e próximos passos Segundo o major Raphael Broocke, da PM do DF, buscas detalhadas foram realizadas no imóvel de Wanderley, localizado em uma das quitinetes de um conjunto habitacional. A varredura revelou um cenário desordenado, com diversos itens espalhados, o que reforça a tese de que o local era um ponto estratégico para a preparação do ataque.

A PF continua o trabalho de perícia nos materiais encontrados, enquanto a área afetada permanece sob observação até que todas as possíveis ameaças sejam neutralizadas.

 

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