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Adultos e crianças podem seguir algumas dicas para evitar fadiga ocular. Limpeza de óculos e de lentes de contato também deve ser observada para evitar infecção pelo vírus

Os cuidados com os olhos devem ser observados tanto para evitar o contágio pelo novo coronavírus quanto pela exposição às telas no período de quarentena. O alerta é do oftalmologista de Uberlândia Rodrigo Fernandes. “A transmissão e a aquisição do vírus podem ocorrer através da lágrima. Por isso é tão importante não passar as mãos pelo rosto, especialmente se elas não estiverem limpas”, explica.

De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia, pacientes contaminados por coronavírus através dos olhos apresentam conjuntivite e desconfortos respiratórios, o que é esperado porque o canal lacrimal é ligado às vias respiratórias. Outros sintomas são febre, tosse e falta de ar.

Além de não passarem as mãos no rosto, usuários de lentes de contato devem ter atenção triplicada. “Nunca, em hipótese nenhuma, coloque o dedo no olho ou na lente sem lavar as mãos com água e sabão. O estojo também deve ser limpo todos os dias, com água e xampu neutro. Armazene sempre em solução específica para lentes. E o ideal é diminuir a frequência do uso”, disse Fernandes.

Quanto aos óculos, eles podem ser contaminados com secreções de outras pessoas quando elas falam ou espirram. “Por isso, lavar o objeto várias vezes ao dia, com água e xampu neutro, é fundamental”, afirma o especialista.

Uso de telas na quarentena

Com o tempo ocioso, aumenta também o tempo de uso de dispositivos eletrônicos por adultos e crianças. Essa exposição em excesso pode levar à fadiga ocular, que provoca sintomas como dor nos olhos, na cabeça, náusea, olhos cansados e vermelhos. Para evitar, o oftalmologista dá algumas dicas:

– Deixe seu ambiente o mais claro possível.

– Diminua o brilho das telas dos dispositivos. Se tiver a opção antirreflexo, melhor ainda.

– Se for usuário de óculos, não deixe de usá-los só porque está em casa. Eles também são uma forma de proteção.

– Fique atento para a quantidade de vezes que você pisca. Quando estamos em frente às telas, costumamos nos esquecer de fazer esse movimento, o que prejudica ainda mais a saúde ocular.

– A cada 20 minutos (ou, no máximo, a cada 50 minutos), desvie a visão das telas e olhe para o horizonte, o mais longe possível, por 20 segundos.

– Aumente o tamanho das letras dos eletrônicos e amplie a distância entre a tela e seus olhos.

– Diminua o tempo de exposição aos eletrônicos na parte da noite e pare de usá-los entre 1 e 2 horas antes de dormir.

Tempo recomendado para crianças

Rodrigo Fernandes, que é especialista em oftalmologia pediátrica, lembra que existe um tempo recomendado para o uso de telas por crianças. “Não é fácil, especialmente para os pais que precisam trabalhar e cuidar dos filhos ao mesmo tempo em casa. Mas ao ter esse parâmetro com referência, fica mais fácil dosar o uso diário”. O recomendado é:

– Menores de 2 anos: não deveriam ficar expostas às telas sem necessidade, mesmo passivamente.

– Entre 2 e 5 anos: o ideal é ficar por, no máximo, 1 hora por dia.

– Entre 5 e 11 anos: 2 horas por dia.

– Acima de 11 anos: 3 horas por dia.

Sobre Rodrigo Fernandes

Rodrigo Fernandes é médico oftalmologista na Olhar+ Clínica de Olhos, que fica no Uberlândia Medical Center. Ele fez residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Limeira – SP, é especialista em estrabismo e visão subnormal pela Universidade de Campinas (Unicamp). Além do Fellowship em Retina Clínica no Hospital Evangélico em Belo Horizonte – MG, atuou por 4 anos como preceptor em oftalmologia pediátrica, estrabismo e catarata no Hospital de Olhos de Aparecida de Goiânia – GO, e é reconhecido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia – CBO.

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