‘Marta golpista de Uberlândia’: estelionatária de Minas Gerais vira piada nas redes
“Ela conversa muito bem, anda bem vestida”, diz a descrição do grupo com mais de 20 mil membros que reúne relatos de vítimas de Marta Maria Mendes de Paula, de 51 anos. A “Marta Golpista de Uberlândia” tem um histórico de golpes registrados na cidade do interior de Minas Gerais, e virou meme nas redes sociais.
Os casos não são recentes. De acordo com a Polícia Civil, há registros de ocorrência de até 10 anos atrás. O último é de 2017, quando Marta deixou de pagar por serviços em um salão de beleza, além de pares de sapatos e maquiagens, no valor de R$ 240.
Na internet, moradores da cidade dizem que a mulher anda por estabelecimentos, cria vínculos com os comerciantes e, então, aplica os golpes. Em alguns casos, primeiro compra produtos para criar confiança, e só então leva mercadorias prometendo voltar para pagar, mas desaparece.
No Facebook, além de reunir relatos de vítimas, os cerca de 21 mil membros do grupo “Marta Golpista de Uberlândia” se dedicam a mapear os passos da estelionatária pela cidade, enviando fotos da mulher em ruas, lojas, supermercados e até no transporte público.
As postagens viralizaram, e Marta se tornou uma piada nas redes. Agora, o título do grupo virou nome de uma série de perfis no Twitter e o nome de Marta esteve até nos Trending Topics do Brasil nesta quinta-feira.
Em 2014, os golpes da estelionatária foram contados em uma reportagem do “G1”. À epoca, a empresária Kellen Santos Vatassi disse que Marta lhe gerou um prejuízo de cerca de R$ 2 mil em roupas.
“Estava muito bem vestida e mostrava conhecimento de marcas. Contou-me da família dela, da igreja e até dos amigos, mostrando uma pessoa muito cativante. Como ela apresentava ser uma pessoa honesta acabei deixando ela levar 11 peças de roupas no valor aproximado de R$ 2 mil. Ela levou e não mais voltou”, contou Kellen à época.
Depois do perceber que tinha caído em um golpe, a empresária escreveu sobre o caso em uma rede social e rapidamente percebeu que não estava sozinha.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas, Marta foi presa em flagrante em 2011 por estelionato, mas foi absolvida. Dois anos depois, foi presa novamente, e condenada a prestação de serviços à comunidade.
Ainda segundo a Polícia Civil, há registros de chamados feitos pela família de Marta por conta de seu comportamento agressivo. Segundo familiares, ela tem um tipo de transtorno de psiquiátrico e não aceita o tratamento.
O Imprensa e Mídia tentou entrar em contato com Marta, mas a mulher não foi localizada.