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A decisão foi tomada durante audiência de custódia nesta terça-feira (12), e os torcedores podem pegar até 5 anos de prisão

Na manhã desta terça-feira (12), a juíza Juliana Miranda Pagano, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), decretou a prisão preventiva dos três torcedores atleticanos envolvidos no espancamento do flamenguista Richard Bastani, de 50 anos. O caso ocorreu no último domingo (10), após a final da Copa do Brasil, em um bar localizado na Avenida Sebastião de Brito, no bairro Dona Clara, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Os três acusados, com idades de 32, 35 e 37 anos, foram presos em flagrante e podem enfrentar até cinco anos de reclusão, conforme estipulado pelo Código Penal.

Prisão preventiva atendendo ao pedido do Ministério Público

A prisão dos acusados foi decretada após uma audiência de custódia, onde o Ministério Público solicitou a medida devido à gravidade das agressões sofridas pela vítima, Richard Bastani, que foi hospitalizado em estado grave. A decisão judicial levou em consideração o histórico criminal dos envolvidos e a violência do ataque, além do risco de fuga. A juíza também destacou a falta de previsão de alta médica para a vítima, que segue internada após sofrer um trauma cranioencefálico grave.

No despacho, a juíza ressaltou a gravidade do crime, em que Bastani, que usava uma camisa do Flamengo, foi atacado por torcedores do Atlético Mineiro. Segundo testemunhas, Richard chegou ao bar acompanhado de sua filha e genro, quando foi alvo de um líquido jogado por um dos agressores, seguido por um espancamento brutal. A vítima permaneceu caída no chão até a chegada da polícia, sendo imediatamente encaminhada ao hospital.

Lesões graves e estado de saúde da vítima

O exame realizado no Hospital Risoleta Tolentino Neves apontou trauma cranioencefálico, com sinais de alarme e perda de consciência. O relatório médico, obtido pela rádio Itatiaia, detalha uma fratura no assoalho da órbita direita, além de um foco hemorrágico na região craniana. A tomografia computacional indicou a necessidade de transferência urgente para um hospital com recursos de neurocirurgia, ortopedia e cirurgia plástica.

O médico responsável pelo atendimento declarou que, devido à complexidade das lesões, Bastani permanece em observação rigorosa e sua recuperação será acompanhada de perto, sendo imprescindível a monitorização constante de seu estado de saúde.

Repercussão e indignação nas redes sociais

O episódio gerou grande repercussão nas redes sociais, com muitos torcedores e cidadãos expressando indignação diante da violência. A ação dos agressores foi amplamente criticada por colocar em risco a vida de um torcedor, além de envolver uma situação de hostilidade entre clubes rivais. As imagens da agressão, que circulam pela internet, geraram discussões sobre a crescente violência nos estádios e na vida cotidiana de torcedores.

Além disso, muitos questionaram a postura das autoridades em relação ao combate à violência nas partidas de futebol, especialmente com o aumento dos episódios de confrontos entre torcedores. As imagens e relatos sobre o caso também relembraram outros episódios de agressões violentas entre torcedores, que têm sido cada vez mais frequentes em todo o Brasil.

Consequências legais e ações futuras

Com a prisão preventiva decretada, os três torcedores estão agora à disposição da justiça e podem enfrentar uma pena de até cinco anos de reclusão, conforme previsto no artigo 129, § 1º, inciso I do Código Penal, por lesão corporal grave. Além disso, a decisão judicial também levou em consideração o fato de que a vítima segue hospitalizada e sem previsão de alta, o que agrava a situação dos acusados.

O caso também reforça a importância de ações mais contundentes para combater a violência entre torcedores, especialmente em eventos esportivos de grande repercussão, como as finais de torneios nacionais. O episódio deverá ser acompanhado de perto pelas autoridades, que devem tomar medidas para garantir que episódios como esse não se repitam no futuro.

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