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Um dos nomes mais fortes do samba brasileiro, o cantor Jorge Aragão, de 74 anos, retorna a Uberlândia, no dia 25 de novembro, para surpreender os fãs mineiros com uma apresentação inédita no Castelli Hall. Os ingressos para o show, no formato mesa de buteco, já estão à venda no site www.baladapp.com.br.

Com um repertório que passeia por toda a sua história a apresentação contará com grandes hits, entre eles, “Papel de pão”, “Falsa consideração” e “Coisa de Pele”. Além do show de Jorge Aragão o evento também terá as apresentações de Lísias e Banda, Banda Sociedade Livre e DJ.

Com 40 anos de carreira, o artista chega a Uberlândia após vencer um câncer. A última sessão de quimioterapia do cantor para tratar um linfoma aconteceu no dia primeiro deste mês. De acordo com os médicos, o câncer no sistema linfático do cantor foi vencido. Cardiopata, o sambista tem instalados em seu corpo 28 stents (pequenos tubos que impedem o entupimento das artérias). Em 2020, ele foi parar na UTI contaminado pela Covid-19.

Ao longo de novembro, mês da consciência negra, Aragão lançará nas plataformas singles de seu Projeto Identidade, no qual reinterpreta sucessos seus ao lado de rappers. Em janeiro, planeja lançar um álbum de inéditas. E, em março, fará um show que será filmado para marcar seus 75 anos.

O Projeto Identidade é uma forma de Aragão dialogar com a nova geração do rap, que ele admira pela criatividade e pela rapidez. Ele convidou nomes como Xamã, Emicida, Djonga, Marcelo D2 e L7nnon para cantarem com ele sucessos de sua autoria, com a produção de Dalto Max. O primeiro single, lançado em outubro, foi “Eu e você sempre”, com a participação de Xamã, que improvisou um rap na música.

Com uma carreira de mais de 50 anos, o artista, que faz parte – com orgulho – da turma que fundou o Grupo Fundo de Quintal, seguiu carreira solo e hoje conta com uma discografia de mais de 20 CDs. É compositor, letrista, músico e intérprete. Dono de muitos sucessos, entre eles: “Vou festejar”, “Coisinha do pai”, “Coisa de pele”, “Papel de pão”, “Moleque atrevido”, “Tendência”, “Enredo do meu samba”, “Do fundo do nosso quintal” e “Resto de esperança”.

Também são de Jorge Aragão outros sucessos, como “Eu e você sempre”, “Lucidez”, “Deus Manda”, “De Sampa a São Luiz”, “Alvará”, “Malandro”, “Terceira Pessoa”, “Amigos… Amantes”, além de uma “versão para cavaquinho” da clássica “Ave Maria” de Gounod; da “vinheta” “Globeleza” (feita para a TV Globo) e “Coisinha do Pai” (que ganhou uma gravação inédita, em 1997, para acordar Mars Pathfinder, um robô da NASA em Marte).

O poeta também está nas vozes dos maiores intérpretes da MPB. Primeiro foi Elza Soares, que fez de “Malandro” um sucesso que tem atravessado décadas. Depois vieram Beth Carvalho, Alcione, Leci Brandão, Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Dona Ivone Lara, Jorge Vercilo, Emilio Santiago, Negritude Jr., Exalta Samba, Art Popular, Elba Ramalho e Jair Rodrigues e outros.

Lucas Barbosa
Jornalista com graduação pelo Centro Universitário do Triângulo (UNITRI), com mais de 15 anos de experiência profissional. Produtor, redator e editor de textos de ações e eventos culturais diversos.

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