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O mercado cambial viveu um momento de volatilidade inesperada nesta quarta-feira, 6 de novembro de 2024. Por volta das 10h, a plataforma de acompanhamento em tempo real de cotações do Google indicava que o dólar havia ultrapassado os R$ 6,00, gerando uma reação imediata nas redes sociais. No entanto, esse aumento não refletia a realidade do mercado de câmbio e foi identificado como um erro técnico da gigante da tecnologia. Cerca de quatro horas depois, o valor foi corrigido para a faixa de R$ 5,70.

O erro do Google e a repercussão nas redes sociais

Nas primeiras horas da manhã, a informação equivocada de que o dólar havia ultrapassado a marca dos R$ 6,00 rapidamente circulou nas plataformas digitais, gerando incerteza entre os investidores e preocupações com as repercussões da eleição presidencial dos EUA. Muitos comentaram sobre os possíveis reflexos da vitória de Donald Trump sobre o mercado financeiro brasileiro, dado o histórico de volatilidade do dólar durante seu governo.

A notícia foi amplamente repercutida nas redes sociais, com especialistas e analistas de mercado tentando entender os motivos da alta expressiva da moeda norte-americana. No entanto, ao longo do dia, o Google corrigiu a cotação, o que indicou que o pico não correspondia à realidade do mercado financeiro, mas a um erro da plataforma de acompanhamento de cotações.

A correção do Google e a cotação do dólar

O Google foi questionado sobre o ocorrido e, em resposta ao jornal Estadão, afirmou que ainda está apurando as causas do erro. Às 14h, a plataforma corrigiu a cotação do dólar, indicando que a moeda estava sendo negociada a R$ 5,70, valor inferior ao fechamento do mercado na terça-feira, 5, que foi de R$ 5,80. A falha deixou claro que a flutuação não teve relação direta com os eventos políticos em curso, mas sim com a falha na ferramenta de cotação do Google.

Além disso, a alta momentânea de mais de 5% no valor do dólar destacou a sensibilidade do mercado cambial às notícias políticas internacionais, especialmente em um dia tão importante como o das eleições nos EUA.

Impacto da vitória de Trump e declarações de Haddad

A vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA teve repercussões imediatas no mercado financeiro, apesar de a cotação do dólar ter sido corrigida pela plataforma de pesquisa. Em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, foi questionado sobre os possíveis impactos da vitória do republicano para a economia brasileira. Segundo ele, era ainda prematuro prever os efeitos diretos no Brasil, mas destacou que a situação global estava “mais tensa” devido à eleição.

Ele mencionou que as declarações de Trump durante sua campanha causavam apreensão não apenas no Brasil, mas também nos mercados emergentes e em países endividados, como a maioria das nações da Europa. Essas incertezas estavam alimentando uma pressão inflacionária mundial e refletindo em flutuações nas cotações das moedas.

Expectativas para o mercado brasileiro e a decisão do Copom

Além da eleição de Trump, outro fator que movimentou o mercado nesta quarta-feira foi a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros. O mercado especulava sobre uma possível alta de 0,50% na taxa Selic, que passaria de 10,75% para 11,25% ao ano. Essa decisão já era esperada devido ao aumento nas pressões inflacionárias e ao impacto da alta do dólar no cenário econômico brasileiro.

A decisão sobre a Selic está diretamente ligada ao controle da inflação, sendo um dos principais instrumentos para tentar conter a escalada do dólar frente ao real. O aumento nas taxas de juros tem como objetivo encarecer o crédito e esfriar a demanda, ajudando a reduzir a pressão sobre o mercado de câmbio e a estabilizar os preços dentro do Brasil.

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