Francis Ngannou defende escolha de Jon Jones de não enfrentar Tom Aspinall no UFC
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Francis Ngannou defende escolha de Jon Jones de não enfrentar Tom Aspinall no UFC

Jon Jones, o atual campeão dos pesos pesados do UFC, está no centro de um debate acalorado após sua decisão de não enfrentar o campeão interino Tom Aspinall. Em vez disso, Jones expressou preferência em enfrentar o campeão meio-pesado, Alex “Poatan” Pereira. A escolha de Jones dividiu opiniões, mas uma figura importante no cenário do MMA, Francis Ngannou, ex-campeão do UFC e atual estrela da PFL, se mostrou favorável à decisão de “Bones”. Em uma recente entrevista, Ngannou explicou sua perspectiva sobre o assunto, destacando as complexidades das negociações no UFC e as dinâmicas entre os lutadores.

Jon Jones tem o direito de escolher seus adversários

De acordo com Francis Ngannou, Jon Jones está em uma posição única dentro do UFC. Após sua vitória dominante sobre Stipe Miocic para defender seu cinturão dos pesados, Jones consolidou ainda mais sua autoridade na divisão. Ngannou, que também esteve em alta no UFC antes de sua saída, acredita que Jones tem o direito de decidir quem ele quer enfrentar, uma vez que atingiu um status lendário no esporte.

“Jon fez o suficiente para estar em uma posição onde pode escolher seu adversário. Não há nada errado em querer enfrentar alguém como Alex Poatan, que, no seu próprio mérito, tem uma grande luta pela frente. Quando você alcança o nível de Jon, as escolhas ficam mais abertas, e ele pode priorizar o que faz mais sentido para ele”, afirmou Ngannou.

A luta contra Aspinall não agregaria ao legado de Jones

Ngannou também refletiu sobre o impacto que uma possível vitória de Jon Jones sobre Tom Aspinall teria no legado do campeão. Para o ex-campeão dos pesados, a luta não representaria uma grande adição à trajetória de Jones, que já conquistou o topo da divisão. Ngannou foi direto ao ponto, dizendo que a disputa contra Aspinall seria vantajosa apenas financeiramente para Jones, mas sem trazer um avanço significativo para sua carreira.

“Não há mais nada a ganhar para Jon Jones em uma luta contra Aspinall, a não ser o dinheiro. Para Aspinall, sim, seria uma grande chance de provar seu valor, mas para Jones, a luta contra ele não muda seu legado. Ele já alcançou o topo”, afirmou Ngannou.

Aspinall, o desafiante em ascensão

Enquanto Jon Jones escolhe seus adversários com base no que ele considera ser o melhor para sua carreira, Tom Aspinall continua a ascender na divisão dos pesados. Aspinall, que conquistou o cinturão interino ao derrotar outros grandes nomes, é visto por muitos como o futuro da categoria. No entanto, Ngannou reconhece que o desafiante precisa da luta para solidificar ainda mais sua posição.

“Para Aspinall, essa luta seria tudo. Ele está tentando se estabelecer na divisão e um confronto contra Jones seria uma chance única de se tornar o verdadeiro campeão dos pesados. Essa é a diferença entre os dois: Jones já está lá em cima, Aspinall está tentando chegar lá”, explicou Ngannou.

A política do UFC e as negociações por trás das escolhas

Por fim, Francis Ngannou ressaltou a complexidade das negociações dentro do UFC e como essas escolhas de adversários podem ser influenciadas por fatores fora do octógono. De acordo com o ex-campeão, é comum que a organização utilize estratégias de marketing e manipulação de narrativas para criar rivalidades e motivar as vendas de pay-per-view. Essa dinâmica pode ser uma das razões pelas quais Jon Jones foi criticado por não querer enfrentar Tom Aspinall.

“Sabemos como o UFC funciona nas negociações. Eles sempre tentam criar esse drama, dizendo que um lutador tem medo ou não quer lutar com alguém. Mas no final das contas, Jon Jones está em uma posição onde ele pode escolher. Aspinall, por sua vez, precisa de uma grande vitória como essa para alavancar sua carreira”, completou Ngannou.

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