Publicidade

Por Bruno Tavares, Patrícia Marques, Kleber Tomaz, TV Globo e g1 SP — São Paulo

A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) identificou o segundo suspeito de participação na execução de Vinicius Gritzbach no último dia 8 de novembro, no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (22) pela equipe de reportagem. O suspeito foi identificado como Matheus Augusto de Castro Mota.

Justiça decreta prisões de suspeitos

Tanto Matheus quanto Kauê do Amaral Coelho, o primeiro suspeito identificado, tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça, a pedido das autoridades. A Polícia Civil, a Polícia Militar (PM), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) integram o grupo que investiga o caso.

A Secretaria da Segurança Pública está oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações que possam levar à prisão de Kauê. Ele tem 29 anos e já teve passagens anteriores na Justiça por tráfico de drogas.

Kauê do Amaral Coelho, suspeito de participação no assassinato do delator do PCC — Foto: Reprodução

Atiradores fugiram de ônibus

As autoridades ainda tentam identificar os dois atiradores que mataram Vinicius. Eles aparecem nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto usando capuzes e atirando na vítima com fuzis. Depois, fogem em um carro preto dirigido por outra pessoa, cuja identidade também não foi revelada. Os executores abandonaram o veículo a cerca de 3 quilômetros do local do ataque e deixaram as armas próximas. A polícia apreendeu o automóvel e os fuzis.

Uma câmera de monitoramento de um ônibus gravou o momento em que os atiradores entram no coletivo sem máscaras. A força-tarefa está analisando essas imagens para tentar identificar quem são.

Hipóteses para o crime

Além de Vinicius, um motorista de aplicativo também foi atingido e morreu. Outras três pessoas ficaram feridas no local. A força-tarefa trabalha para identificar os assassinos, descobrir quem mandou matá-los e entender a motivação do crime.

Antes de ser assassinado, Vinicius havia feito um acordo de delação premiada com o Ministério Público para denunciar membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) por lavagem de dinheiro e agentes de segurança pública envolvidos em corrupção. Vinicius era réu em processos por homicídio e lavagem de dinheiro.

Mandados

Vinicius trabalhava no ramo imobiliário e tinha segurança particular. Ele já havia sido ameaçado antes por alguns de seus desafetos. Todos os agentes da segurança privada que o protegiam foram afastados preventivamente pela SSP e são investigados por suspeita de participação no crime.

Nesta sexta-feira, a Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão e prisão contra Matheus e Kauê. Mandados também foram cumpridos em imóveis relacionados aos procurados. A Polícia Militar também esteve em nove endereços associados aos policiais que faziam a escolta de Vinicius para apreender telefones e computadores. Um celular foi apreendido. Os agentes investigados respondem em liberdade.

Durante a operação, um revólver foi apreendido com uma terceira pessoa, que foi autuada em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. As buscas continuam para prender os suspeitos e as investigações seguem sob sigilo.

Mandados de busca e apreensão

Agentes da PM que faziam a segurança de Vinicius e policiais civis denunciados por ele na delação premiada foram afastados preventivamente pela SSP. Até o momento, nenhum suspeito foi preso. Entretanto, uma pessoa acabou sendo detida durante as buscas, pois estava procurada por outro caso.

Deixe uma resposta