O abastecimento de água no Rio de Janeiro e em diversas cidades da Baixada Fluminense continua comprometido, gerando críticas e reclamações da população. O prefeito da capital, Eduardo Paes, manifestou indignação nas redes sociais sobre a demora na normalização do serviço após a manutenção programada do Sistema Guandu. A situação atingiu áreas como hospitais e clínicas, afetando diretamente os serviços de saúde. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e as concessionárias responsáveis estão trabalhando para retomar a normalidade.
Manutenção do Sistema Guandu e críticas ao serviço
A manutenção preventiva anual no Sistema Guandu, realizada pela Cedae, começou no dia 26 de setembro e foi concluída no final da noite. Durante o procedimento, que é comum, o abastecimento de água foi interrompido em diversos pontos do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. O prefeito Eduardo Paes, em sua postagem nas redes sociais, apontou que a situação se tornou inaceitável após o prazo de 24 horas da conclusão dos trabalhos.
“Ideal seria que essa manutenção ocorresse no inverno, mas o que não podemos aceitar é a demora na retomada do abastecimento”, afirmou Paes. A população, já enfrentando a falta de água, sofreu ainda mais com o impacto nos hospitais e outros serviços essenciais.
Causas do problema e ações das concessionárias
Além da manutenção no Sistema Guandu, houve um rompimento da adutora do Sistema Ribeirão das Lajes, que agravou ainda mais a situação. O incidente, ocorrido no bairro de Rocha Miranda, na zona norte do Rio, provocou o desabamento de uma casa, resultando na morte de uma mulher de 79 anos e deixando sua filha ferida.
As concessionárias Águas do Rio e Iguá, responsáveis pela distribuição de água, seguem trabalhando para normalizar o serviço. A Cedae informou que o sistema alcançou 100% da capacidade na quinta-feira (28), mas as concessionárias seguem realizando o processo de recuperação gradual.
Medidas adotadas pelas empresas e a situação nas áreas afetadas
A Águas do Rio divulgou que o abastecimento nas áreas afetadas deverá ser normalizado até o final de semana, com previsão de 72 horas para a regularização total. A concessionária destacou que o serviço será retomado de forma gradual, e as áreas mais afetadas, como as regiões elevadas, terão maior dificuldade para receber água com pressão adequada.
Já a Iguá afirmou que o abastecimento está sendo retomado na zona leste da capital, embora algumas regiões ainda apresentem baixa pressão ou falta d’água. A empresa também anunciou a disponibilização de caminhões pipa para hospitais, clínicas e unidades de saúde, priorizando o atendimento das áreas emergenciais.
Impacto social e ações do município
A situação tem gerado grande desconforto para a população, especialmente nos bairros mais periféricos e na Baixada Fluminense, onde a falta de água afeta diretamente a qualidade de vida. Eduardo Paes determinou ao Procon Carioca que tome medidas rigorosas contra as empresas responsáveis pelo abastecimento, visando garantir o cumprimento dos direitos da população e a aplicação de punições quando necessário.
Embora as concessionárias se mostrem comprometidas com a normalização do serviço, o prefeito insiste que a lentidão na recuperação é inaceitável, sobretudo em uma cidade que depende tanto do fornecimento de água para o seu funcionamento diário. Paes também ressaltou que, apesar de ser um serviço de concessão estadual, o município tem mecanismos legais para agir e garantir que os cidadãos não sejam prejudicados.
Ações emergenciais e previsão de normalização
As empresas responsáveis pelo abastecimento reforçaram que, enquanto a normalização não ocorre completamente, o abastecimento alternativo está sendo realizado através de caminhões-pipa, com prioridade para hospitais, clínicas e unidades de saúde. As concessionárias recomendam que a população utilize a água de cisternas e caixas d’água de forma economizada, adiando atividades que exigem maior consumo de água.
A previsão para que a situação se normalize completamente é de até 72 horas para a maioria das áreas, mas o processo será gradual e pode variar conforme a localização. Cedae e as empresas envolvidas garantem que estão fazendo o possível para resolver os problemas causados, mas ainda há desafios a serem enfrentados.