Especialistas de Uberlândia recebem treinamento para o diagnóstico de um dos cânceres mais fatais no Brasil
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Especialistas de Uberlândia recebem treinamento para o diagnóstico de um dos cânceres mais fatais no Brasil

A jornada dos pacientes com doenças raras tende a serem longas. Exemplo disso é o mieloma múltiplo. A doença apresenta sintomas que podem ser facilmente confundidos com outras complicações e retardar a sua descoberta. Especialistas explicam que é o segundo câncer mais frequente no mundo entre os hematológicos, que são aqueles relacionados ao sangue, e afeta sete a cada cem mil pessoas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020, o mieloma múltiplo foi responsável por 176.404 novos casos e 117.077 óbitos de pacientes com ambos os sexos.

. Quanto antes detectado, melhores poderão ser as opções de tratamento para controlar e conviver com a doença com qualidade de vida.

“O mieloma múltiplo atinge células da medula óssea chamadas plasmócitos, que têm função de produzir anticorpos que atuam no sistema de defesa”, explica o hematologista Ângelo Maiolino, vice-presidente da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular).

Para entender melhor em que lugar do corpo se manifesta, os médicos detalham: dentro dos ossos do nosso corpo há um tecido líquido-gelatinoso que é a medula óssea, conhecida popularmente como tutano. Ela funciona como uma verdadeira fábrica de sangue e produz, entre outras células, os plasmócitos. Segundo Ângelo Maiolino, muitas pessoas podem levar de seis meses a um ano para descobrir a doença. Isso ocorre porque os principais sinais – como as dores nas costas e o cansaço – são confundidos com complicações corriqueiras do dia a dia. Por ser um câncer mais frequente em pessoas acima dos 65 anos, também é comum pensar que são sensações comuns da idade.

O mieloma múltiplo não tem cura, mas não significa que não pode ser controlado – e os tratamentos estão cada vez mais eficientes. Visando aprimorar e destacar a importância do rápido diagnóstico em doenças raras com foco em câncer, médicos de Uberlândia, no dia 01 de setembro, estarão em um evento organizado pela Sanofi, sobre atualização sobre doenças raras.

Sobre Mieloma Múltiplo

A incidência da enfermidade, no Brasil, não é contemplada nas avaliações periódicas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e, portanto, não é conhecida. Nos Estados Unidos, cerca de 32 mil pessoas foram diagnosticadas em 2020, sendo que a doença é responsável por aproximadamente 1,8% de todos os novos diagnósticos de câncer, o que torna o mieloma múltiplo a segunda enfermidade hematológica mais comum1. Entre os fatores de risco para o seu desenvolvimento estão idade avançada, obesidade e histórico familiar1. À medida que os pacientes com mieloma múltiplo apresentam recidiva da doença ou se mostram refratários à terapia atual, se tornam mais difíceis de tratar, com prognósticos cada vez piores.

Diagnóstico

45% se consultou com três ou mais especialidades médicas antes de fechar o diagnóstico. Além disso, em 30% dos casos a demora para o encaminhamento a um hematologista foi de mais de três meses.

Agora, ao filtrar apenas os usuários do SUS, os números sobem: 67% dos pacientes passaram por três ou mais especialidades e 42% levou mais de três meses para ser encaminhado ao hematologista.

Outra diferença relevante é que 51% das pessoas que utilizam o SUS demoraram mais de quatro meses para fechar o diagnóstico. Na saúde suplementar, ou seja, quem tem convênio médico, foi “apenas” 32%

Sobre a Sanofi 

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