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Consumidor quer qualidade quando compra moda

Consumidor quer qualidade quando compra moda

Pesquisa mostra que 76% dos brasileiros priorizam durabilidade ao escolher vestuário

Qualidade supera preço quando o brasileiro escolhe moda. Dados da pesquisa Consumo de Moda no Brasil 2024, realizada pelo Opinion Box com 1.000 pessoas em todo o país, mostram que 76% dos consumidores priorizam marcas que oferecem produtos duráveis, percentual bem superior aos 48% que declararam buscar principalmente itens mais baratos.

O comportamento indica uma possível virada no mercado brasileiro de vestuário, o nono maior do planeta: os consumidores passando a preferir peças que combinam com várias ocasiões e duram mais, deixando de lado aquelas que seguem tendências passageiras. 

Conforto térmico, mobilidade e vida útil prolongada agora estão entre as prioridades. Peças como blusas básicas ganham espaço entre consumidores que buscam itens adaptáveis ao cotidiano. O Opinion Box também apurou que 45% dos entrevistados já enfrentaram dificuldades para encontrar o tamanho adequado ao comprar roupas, o que reforça a demanda por marcas atentas à diversidade de corpos.

 

Disposição para gastar mais quando qualidade compensa

Metade dos consumidores brasileiros gasta entre R$ 101 e R$ 300 por mês em moda. De acordo com o Opinion Box, 25% investem de R$ 101 a R$ 200 e outros 25% destinam de R$ 201 a R$ 300 mensalmente à compra de vestuário. Outros 15% desembolsam entre R$ 301 e R$ 500, o que indica disposição para pagar mais quando a qualidade se mostra superior.

Os calçados lideram as compras nos três meses anteriores à pesquisa, com 55% de menção. Blusas aparecem em segundo lugar, citadas por 38% dos entrevistados, enquanto calças registram 36%. Roupas íntimas ficam em quarto, com 33%, seguidas por roupas esportivas, com 29%. A preferência por categorias essenciais e de uso frequente reforça a lógica da compra estratégica.

A pesquisa ainda aponta que 35% dos consumidores compram itens de moda aproximadamente uma vez por mês, enquanto 23% fazem compras entre dois e três meses. Outros 15% adquirem produtos aproximadamente duas vezes por mês. Apenas 4% compram todos os dias e 5% raramente fazem aquisições.

 

Confecções apostam em tecidos inteligentes e design funcional

Segundo o levantamento da Usina de Dados SEBRAE PB, o segmento de confecções responde por mais de 90% das empresas da cadeia têxtil nacional. O movimento em direção à versatilidade aparece em diversos segmentos. Roupas femininas vestidos adaptáveis a diferentes ocasiões, camisas sociais, calças de corte reto e jaquetas leves exemplificam essa tendência, já que são peças que atendem tanto compromissos profissionais quanto situações informais.

Nos últimos anos, os chamados tecidos tecnológicos também entram nas coleções com funções específicas. Materiais antimicrobianos, termorreguladores e com proteção UV apareceram no radar especialmente durante a pandemia, como resposta à demanda por benefícios tangíveis. Já bolsos utilitários, ajustes modulares e tecidos resistentes são incorporados ao design para atender quem busca peças adaptáveis a diferentes situações do dia a dia.

 

74% dos brasileiros consideram sustentabilidade na hora da compra

A valorização da qualidade caminha junto com a preocupação ambiental. O Opinion Box registrou que 74% dos entrevistados consideram a sustentabilidade na moda “muito importante” (49%) ou “importante” (25%). A pesquisa também mostra que 44% dos consumidores preferem marcas que desenvolvem ações sustentáveis e 36% declaram que pagariam mais por produtos de moda sustentáveis.

Análises do mercado de moda apontam que consumidores adotam o conceito de “menos é mais” diante de pressões econômicas. A alta nos custos de produção e transporte pressiona especialmente pequenos empreendedores. Segundo a Usina de Dados SEBRAE PB, as microempresas representam 70,9% das unidades produtoras de vestuário em atividade no país. Nos últimos anos, a produção local cresce como forma de reduzir custos e atender à valorização da economia regional.

 

Internet concentra 66% das compras de moda no país

O Opinion Box apurou que 66% dos entrevistados realizam compras de itens de moda pela internet, percentual que se destaca quando comparado aos 52% que frequentam lojas físicas de departamento e aos 41% que compram em estabelecimentos de vendedores locais. Do total, 33% compram tanto em lojas físicas quanto online.

Preços competitivos motivam 58% dos consumidores que compram moda online. A comodidade de comprar em casa é citada por 46% e a variedade de produtos, por 43%. Opiniões e avaliações de outros compradores influenciam 20% dos entrevistados, enquanto 14% valorizam a segurança e confiabilidade do site. A facilidade de devolução ou troca aparece como fator relevante para 18% dos consumidores digitais.

Compras internacionais online fazem parte da rotina de 53% dos brasileiros, que afirmam já ter comprado e continuar comprando em sites e lojas de outros países. Outros 20% compraram no passado, mas não fazem mais esse tipo de aquisição. Entre os que nunca compraram mas gostariam, o percentual chega a 19%. Apenas 8% declararam que não compraram e não têm vontade de fazer esse tipo de compra.

 

Redes sociais são principal fonte sobre tendências para 63% dos consumidores

As páginas nas redes sociais são a principal fonte de informações sobre tendências de moda para 63% dos entrevistados. Influenciadores aparecem em segundo lugar, com 46%, seguidos por amigos e familiares, com 29%. A pesquisa registra que 55% dos consumidores seguem perfis de marcas de moda nas redes sociais, enquanto outros 45% acompanham influenciadores digitais que falam sobre o tema.

Dados da NuvemCommerce confirmam a força das redes sociais no varejo de moda. Entre os lojistas brasileiros, 67% usam o Instagram Shopping como canal adicional de vendas. O WhatsApp ou Telegram lideram, com 73% de adesão. A pesquisa indica que 74% dos consumidores recorrem às plataformas digitais para realizar compras em e-commerces de moda.

Entre outras fontes de informação, programas de TV sobre moda são citados por 28%, blogs de moda por 24% e revistas de moda aparecem com 19% de menção. A pesquisa registra que 42% dos entrevistados acompanham tendências de moda, enquanto 58% declararam não seguir modismos. A diversidade de fontes mostra que o consumidor brasileiro busca referências variadas antes de decidir suas compras.

Tiago Silva Candido

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