A bela Larissa Bernardo de 30 anos, vem chamando atenção dos internautas tanto pela beleza, quanto por estar em uma profissão dominada por homens. No Instagram, já tem quase 50 mil seguidores. Quem acompanha a rede social da Piloto logo percebe duas paixões: “voar’ e fotografias.
Mas ela não acredita que faça sucesso nas redes sociais, onde publica fotos do seu dia a dia. A Piloto mostra imagens do seu dia dia de trabalho e dos momentos de lazer.
“Eu não acredito que eu faça sucesso (risos). Tenho bastante seguidores, mas nada comparado a pessoas super famosas e influentes por aí… Eu sempre gostei muito de fotografia, de viajar e escrever. Hoje, o meu meio me proporciona momentos mágicos, paisagens únicas e lugares inusitados! Começou aos poucos… Ganho muitos seguidores durante minhas viagens de férias para lugares diferentes, a campanha do Outubro Rosa também me trouxe bastante seguidores e quando outros usuários ou outras contas pedem para publicar minhas fotos, acabo ganhando bastante seguidor. Tento mostrar meu dia a dia, e como eu enxergo a vida… Só isso”, conta a piloto.
De uma família de profissionais da aviação, Larissa acabou tomando gosto por tudo aquilo que vivenciava.
“Nasci respirando aviação. Minha família acabou sendo formada por meio dela. Meu pai é piloto, minha mãe comissária de bordo e com isso minha irmã e eu acabamos seguido os mesmos passos, assim como meus tios e meus primos. Em 2006, quando a empresa que meus pais trabalhavam quebrou, senti muita falta de todo esse universo na minha vida… E quis tudo aquilo de volta de alguma forma. Quando crescemos nesse meio no qual a rotina é não ter uma rotina constante, e gostamos, fica difícil adaptar-se a outros meios. Já está no DNA. Foi natural, por opção e amor mesmo”, afirma.
Apesar da beleza, Larissa não tem vontade de seguir carreira de modelo. “Gosto de fotos mas não tenho o menor perfil. Além de ser super tímida também. Eu sei que não parece, mas sou”, revela a piloto.
No Brasil e no mundo, não tem tantas mulheres – segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), são 13.928 pilotos pelo País, mas destes apenas 197 são mulheres (1,4%).
Larissa conta que não sofre preconceito e diz que a discriminação com as mulheres já é ultrapassada e chegou o momento de elas serem admiradas. Já sobre sua aparência física, ela acredita que em um primeiro momento, os passageiros se sentem surpreendidos.
“Talvez algumas mulheres não concordem comigo, então aqui eu falo das minhas experiências. Acho que já foi o tempo do preconceito. Hoje, sinto muito mais admiração e surpresa por parte das pessoas do que preconceito. Sempre ouço “Foi você quem veio “pilotando”? É gostoso! Acredito que tudo depende da maneira como encaramos as situações e a maneira como nos comportamos diante delas! Não levo para o lado pessoal tudo que ouço, brincadeiras e piadas, sempre existirão! Muitas vezes o preconceito, parte de nós mesmos! Não me cobro apenas pelo fato de ser mulher, sei que tenho que me cobrar para me tornar uma boa piloto, independente do sexo, faço o meu voo buscando excelência e boa padronização, e sei que todos resultados serão consequência disto. Quanto a aparência, eu acho natural a surpresa. Temos o costume de caracterizar as profissões. Quando falam em “piloto”, todos imaginam talvez aquele senhor, de bigode, meio grisalho e sisudo. Ninguém espera que parecerá uma pessoa com a imagem como a minha”, afirma ela rindo…