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Estrutura de acolhimento é adaptada para acolher bispos de todo Brasil

Por Victor Hugo Barros

De 11 a 20 de abril 353 bispos de todo o Brasil se encontrarão no Santuário Nacional, em Aparecida (SP), para a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ( CNBB). O evento, um dos mais importantes para a Igreja no país, mobiliza o Santuário Nacional e seu complexo de acolhimento, que se prepara com cerca de um mês de antecedência para a reunião do episcopado brasileiro.

Para se ter uma ideia, a montagem da estrutura utilizada pelos prelados é iniciada com vinte dias de antecedência no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida . Entretanto, a preparação de alguns espaços já começa a acontecer a mais de um mês do encontro. “Fazemos toda a manutenção do piso da arena e do subsolo quarenta dias antes do início da Assembleia como primeira parte de nossos preparativos. Os outros vinte dias são dedicados apenas aos trabalhos de montagem deste evento. A gente para as atividades do nosso espaço para realizar todo o trabalho estrutural”, detalha a coordenadora do Núcleo de Eventos do Santuário Nacional, Ana Percídia.

A organização do local, que acontece em etapas, conta com cerca de 150 pessoas trabalhando em diversos momentos da preparação do espaço. A primeira parte dela acontece no subsolo do Centro de Eventos, com a divisão das atuais 11 salas de conferência, que ao fim dos trabalhos tornam-se 23 espaços para reuniões.

Na área do boulevard também são construídas estruturas de apoio. Elas formam a Sala de Imprensa, os escritórios do Instituto de Obras Religiosas (IOR) e da Nunciatura Apostólica , além de um Ambulatório Médico, espaço comercial e um estúdio da Rádio Vaticano.

“Todos os cantinhos do Centro de Eventos são utilizados. O único espaço que os bispos não acessam é o das arquibancadas. Os demais, são todos ocupados”, destaca Ana.

No Hotel Rainha do Brasil os preparativos também estão intensos. É ali que os bispos descansam no fim do dia e aproveitam para refletir sobre os temas tratados ao longo do encontro. Durante o período do evento, o espaço é destinado apenas aos religiosos, que ocupam todos os 330 apartamentos do prédio. O atendimento ao público cessa no dia 09 de abril e só retorna ao fim da Assembleia, no dia 21 do mesmo mês.

Para que tudo esteja pronto até o início do evento, o planejamento já se inicia meses antes com reuniões entre os diversos setores que compõem o empreendimento. A partir daí, são definidos esquemas que facilitem a estadia dos religiosos no espaço.

Uma estrutura especial com salas fica preparada para a utilização dos bispos, caso seja necessário. As capelas do local, tanto a interna quanto a externa, também ficam à disposição para a celebração de missas e momentos oracionais.

No prédio, localizado a 700 metros do Santuário Nacional , também são servidos o café da manhã, o almoço e o jantar. Por conta da idade avançada dos bispos, a preparação das refeições merece atenção especial. “Disponibilizamos os dois restaurantes para atender os prelados. Um deles com o cardápio comum e outro adaptado para quem tem restrição alimentar. Tudo já é dividido previamente, pois assim sabemos quantos pratos serão servidos, bem como as especificações de cada um”, informa o gerente operacional do Hotel Rainha do Brasil, Rafael Vasconcelos.

A preocupação também se estende para a proteção dos bispos. Para isso, o efetivo do Rainha do Brasil intensifica suas ações, contando com reforços da segurança do Santuário Nacional e da Polícia Militar. “Tudo é planejado com muita antecedência porque alguns bispos sofrem ameaças, outros são alvos de protesto. Então, para coibir esse tipo de situação, temos que nos preparar”, conta o líder da equipe de segurança, Luis Antônio.

O serviço oferecido aos bispos também acontece ao longo de todo o ano com os hóspedes que passam pela local. “No último ano só recebemos avaliações positivas dos bispos. Isso nos alegra, mas ao mesmo tempo nos deixa em alerta para que possamos continuar oferecendo um serviço de qualidade não só durante a Assembleia, mas para os demais hóspedes durante o ano”, finaliza Rafael.

As alterações também impactam na rotina do Santuário Nacional. A missa das 7h, por exemplo, acontece às 7h30 neste período, sempre presidida por um bispo diferente. Esta missa é rezada com Laudes, ou seja, nela se incluem alguns cânticos que não estão presentes no rito tradicional. Além disso, as celebrações contam com a presença do coral da Basílica, que além de abrilhantar as cerimônias, auxilia na oração dos fiéis.

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