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Anna Bagunceira e Priscilla Pugliese falam sobre conteúdo LGBTQ+ e a importância dele na luta contra a homofobia

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Os criadores de conteúdo presentes na internet são os verdadeiros formadores de opiniões entre o público. Seus diferentes posicionamentos geram uma diversidade de novos questionamentos individuais ou em grandes grupos e mudanças de pensamentos e padrões impostos pela sociedade. Desta forma, muitos criadores contribuem na evolução de preconceitos como a homofobia e a discriminação da comunidade LGBTQ+ que ainda existe em grande escala em todo o mundo. Entre eles, a youtuber Anna Bagunceira e a atriz Priscilla Pugliese também lutam pela causa.

Hoje, 17 de maio, é comemorado o Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia. A data existe pois neste mesmo dia há 30 anos atrás (1990), a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou que a homossexualidade não poderia continuar na lista de distúrbios mentais da Classificação Internacional de Doenças por estar relacionada à personalidade e forma de manifestação de cada ser humano.

Desde então a data é comemorada e visa conscientizar a população sobre a luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros. Anna Bagunceira e Priscilla Pugliese produzem conteúdo LGBTQ+. Anna possui um canal no youtube com mais de 346 mil inscritos e publica vídeos com a temática semanalmente. Já Priscilla, é atriz e protagoniza grandes webséries de sucesso no youtube que também abordam o tema. O sucesso é tanto que ela conquistou fãs em território nacional e internacional.

As diferentes formas de representatividade publicadas pelas criadoras de conteúdo oferecem a oportunidade de identificação para o público, e novas linhas de formações de opiniões de pessoas que ainda mantinham uma visão preconceituosa sobre a comunidade LGBTQ+.

Anna Bagunceira possui um conteúdo diversificado, mas vídeos sobre séries, filmes e novelas com a temática LGBTQ+ são frequentes em seu canal do youtube. Ela comenta que mesmo encontrando uma variedade de conteúdo que aborda o assunto, ela ainda sente falta de uma retratação mais natural e menos estereotipada.

Fotografia: Divulgação

“Meu sonho é ficar bem rica, famosa e poderosa (risos) para poder fazer um filme muito bem produzido e que seja digno de um romance lésbico, por exemplo. Não só um, queria poder fazer vários e com as mais diferentes representatividades. Termos sido excluídos desses cenários faz com que as pessoas nos excluam na sociedade. O entretenimento é o dia a dia”, aponta Anna Bagunceira.

Com o mesmo pensamento da Anna, a atriz Priscilla Pugliese, proprietária de uma das grandes produtoras de audiovisual independente, a Ponto Ação Produções, produz wesbéries com a temática LGBTQ+ desde 2015. “Entre Duas Linhas”, “A Melhor Amiga da Noiva”, “Até Você Me Esquecer” e “The Stripper” são os sucessos da Ponto Ação e que trazem representatividade gay e lésbica nas histórias.

As séries são adaptações de fanfics sobre as bandas Fifth Harmony e One Direction. Com mais de milhões de visualizações, as produções alcançaram fãs em todo o mundo e não foi atoa. As webséries abordam a temática com a maior naturalidade possível. Priscilla afirma acreditar que a retratação e a normalidade das abordagens é o que mais pode contribuir para a luta contra a homofobia.

Fotografia: Lukkas Marques

“Acho que hoje temos bastante representatividade pela internet. O que mais falta é a naturalidade do assunto. Precisamos tratar como casais normais, porque são, e trazer isso para nosso o dia a dia também. Precisamos parar de rotular. Não temos que falar que ‘Estamos produzindo uma série lésbica ou uma série gay”, temos que falar que estamos produzindo um conteúdo de romance, suspense, terror e etc, assim como são com os casais héteros. Acho que já temos bastante conteúdo, mas agora precisamos naturalizar eles”, completa a atriz.

Para lutar contra um preconceito e ter um sucesso crescente, é preciso falar sobre ele. Os dois diferentes trabalhos na internet das criadoras de conteúdo apresentam representatividade e dão voz à milhões de pessoas. Em razão de ódio e discriminação, a homofobia ainda é um preconceito enfrentado pela comunidade LGBTQ+ e causador de grandes perdas e tragédias envolvendo milhares de pessoas no Brasil e no mundo.

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