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Depoimento levanta suspeitas sobre o envolvimento do ex-presidente em planos de execução política

O advogado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente sabia de um plano que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. O depoimento, prestado ao ministro Moraes na última quinta-feira (21), trouxe à tona novos detalhes sobre as acusações que cercam o ex-mandatário.

Cezar Roberto Bitencourt, defensor de Mauro Cid, reforçou durante uma entrevista à Globonews que Bolsonaro “sabia de tudo” e que liderava a organização. “Na verdade, o então presidente sabia tudo. Ele comandava essa organização”, afirmou. Contudo, o advogado fez uma retratação parcial ao longo da entrevista, negando que tenha mencionado diretamente um “plano de morte”.

Advogado muda tom ao ser questionado sobre plano de execução

Durante a entrevista, o advogado tentou minimizar suas declarações iniciais, afirmando que as informações sobre Bolsonaro envolvem apenas o conhecimento de um “plano pensado e desenvolvido”. Bitencourt destacou que seu cliente apenas verificava fatos e os apresentava ao ex-presidente, mas evitou entrar em detalhes sobre reuniões e decisões estratégicas.

Bitencourt demonstrou desconforto ao ser pressionado pelos jornalistas e tentou encerrar a conversa antes do previsto. Ele também garantiu que não está sofrendo ameaças em razão de suas declarações.

  • Mauro Cid teria participado das reuniões como assessor direto.
  • Segundo a defesa, Cid indicava fatos relevantes a Bolsonaro, sem necessariamente liderar as ações.
  • O depoimento desta quinta-feira foi considerado um “coroamento dos fatos” pela defesa.

Investigadores suspeitam de omissões no depoimento de Cid

O depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal na última terça-feira (19) levantou desconfianças entre os investigadores. Eles acreditam que o ex-ajudante de ordens teria omitido informações relevantes e nomes de outros envolvidos. Isso colocou em risco o acordo de delação premiada firmado com a Justiça.

Na quinta-feira, Alexandre de Moraes ouviu o depoimento no STF e decidiu manter os acordos da delação, avaliando que a colaboração ainda poderia ser útil ao caso.

  • A PF obteve dados apagados do computador de Cid que indicam possíveis planos golpistas.
  • O ex-ajudante negou envolvimento em um suposto plano para um golpe de Estado em dezembro de 2022.
  • Investigadores agora aguardam a denúncia que será elaborada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O que dizem os próximos passos da investigação

As informações obtidas até agora reforçam as suspeitas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha conhecimento de planos que colocavam em risco a segurança institucional do país. Enquanto a defesa de Mauro Cid tenta minimizar o impacto das declarações, as autoridades devem aprofundar a apuração para esclarecer os detalhes sobre a atuação de Bolsonaro e seus aliados.

O caso segue como um dos mais delicados da história política recente, e o Brasil aguarda os desdobramentos que podem incluir acusações formais contra o ex-presidente e outros envolvidos.

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