A revenda de lingerie tem sido uma alternativa rentável e versátil. Essa é uma atividade que exige da vendedora estar sempre atenta às novas coleções e tendências. Oferecer qualidade acima de tudo e produtos diferenciados atraem a clientela e ampliam os negócios em moda íntima.
De acordo com o relatório setorial da Associação Brasil Plus Size (ABPS), o mercado de moda de tamanhos maiores cresceu 10% ao longo de 2020 em comparação ao ano anterior. O resultado mostra avanço mesmo diante da pandemia do novo coronavírus. Em 2020, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo de moda em geral apresentou queda de 22,7% em faturamento.
O relatório da ABPS ressalta ainda que o mercado plus size está em crescimento há anos. De 2018 a 2020, o segmento avançou 21%. A expectativa é de prosseguir avançando em torno de, pelo menos, 10% nos próximos anos. A associação estima que a moda de tamanhos maiores movimente cerca de R$ 5 bilhões por ano.
Investir nos tamanhos maiores é atender um nicho de mercado carente de novidades e de qualidade. Comercializar lingerie plus size cria um ambiente de empatia com as mulheres e permite fidelizar a clientela, portanto pode ser um ponto forte para aumentar o faturamento.
Numeração correta
O 44 em moda íntima não é plus size. Ao buscar um fornecedor, é necessário ter atenção à numeração para adquirir peças que realmente atendam mulheres que usam tamanhos maiores, mesmo que ainda haja dificuldade de encontrar um padrão no mercado brasileiro em relação aos números de manequim.
Investir em peças especiais também atrai clientes. Uma mulher de seios fartos usa um sutiã plus size com taças maiores, mas se ela tem as costas estreitas, não precisa que toda a circunferência seja grande. A cliente que tem seios pequenos e quadris mais largos usa um conjunto diferenciado. Ter esse tipo de peça e de combinação no estoque é garantir vendas.
Conforto é o ponto forte
A lingerie plus size deve ter beleza, mas também proporcionar conforto. Um modelador não precisa ser apertado para realçar a silhueta. Tecidos macios, alças e laterais mais largas, costuras e fechos reforçados proporcionam maior segurança; não vão dobrar ou sair do lugar.
Forros bem aplicados e modelagem correspondente ao tamanho fazem com que as peças sejam as mais adequadas para o corpo, não sobrando tecido, a fim de que não machuquem com atrito e nem marquem. Isso é sinônimo de conforto, um dos aspectos mais valorizados pelas consumidoras de moda íntima plus.
Tendências
A lingerie plus size deve seguir as tendências das outras modelagens. Os tecidos metalizados, as rendas e os tons candy estão presentes em todas as peças, independentemente do tamanho. A revendedora deve estar sempre atenta aos lançamentos e pesquisar o que a clientela espera.
O strappy bra, as calcinhas fio dental e hot pants são modelos que também estão presentes na numeração maior. Ter peças diferentes e modernas vai atender à clientela que exige estar sempre na moda.
Qualidade
A qualidade deve ser o ponto forte da revenda e conta muito na formatação do preço. A peça não pode apresentar avarias na terceira lavagem. Em relação à moda íntima plus, a qualidade é fundamental para que não haja deformações, que a sustentação continue a mesma com o uso e que os tecidos não desgastem facilmente.
Elásticos, fechos e adereços não podem soltar com o uso; são itens importantes para a beleza, segurança e conforto. Esse é um aspecto fundamental para a avaliação positiva da cliente. A boa conservação e a durabilidade da peça resultam em fidelização de clientela.